União Africana condena actos de assédio sexual
Uma investigação interna revelou que o assédio constante a mulheres é um dos principais problemas a embaraçar a União Africana.
A investigação, mandada realizar pelo presidente da Comissão da União Africana, detectou que a maior parte das vítimas de assédio sexual são mulheres que trabalham em part-time para a organização, jovens voluntárias e as que procuram ingressar nos seus quadros.
Iniciada em Março, a investigação ouviu num inquérito confidencial cerca de 90 por cento dos funcionários da organização, havendo casos de entrevistas igualmente sigilosas.
A decisão de organizar a investigação partiu do próprio presidente da Comissão, Moussa Faki e surgiu na sequência de uma carta anónima que lhe foi enviada a relatar diversos casos de abusos e assédio sexual.
Nas suas conclusões, o inquérito revela 44 casos de alegado abuso sexual confirmados, cometidos sobre jovens mulheres em troca da oferta ou da manutenção do emprego no seio da organização.O inquérito também apurou numerosos casos de corrupção e de desvio de fundos por parte de membros da União Africana, que falsificavam documentos em cumplicidade com membros da própria tesouraria.
Moussa Faki vai recomendar à Comissão da organização a tomada de medidas que evitem a repetição de casos semelhantes aos que foram detectados no inquérito.