Pérolas erguem o bicampeonato
Refeitas do desaire de 1991, quando foram destronadas pelas nigerianas, nas edições seguintes, a Selecção Nacional sénior feminina de andebol esteve em destaque ao conquistar dois títulos de forma consecutiva.
A maturidade competitiva aliada à agressividade defensiva permitiram às Pérolas resgatar o ceptro em Yamoussoukro, Costa do Marfim, e “bisar” em Tunis, Tunísia. Por decisão da Confederação (CAHB), reunida em congresso, o Campeonato Africano das Nações (CAN) passou a ser disputado nos anos pares.
X Edição: 1992
País sede - Costa do Marfim Campeã: Angola Participantes : Angola, Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Argélia, Senegal, Tunísia e Congo Democrático.
Ainda às ordens de Beto Ferreira, o combinado angolano, o mais titulado, evidenciou garra ofensiva, a par de uma defesa aguerrida, ao vencer na final (22-18) a similar do Congo, resultado de um trabalho aturado.
Por outro lado, a ambição de alcançar outros patamares, e por esta via colocar o país no mais alto limiar do desporto africano, no que ao andebol feminino diz respeito, foi a meta traçada.
O Congo terminou na segunda posição, embora tenha dado luta até aos últimos minutos do encontro. Apesar de jogarem em casa, as costamarfinenses contentaramse com a medalha de bronze. As selecções da Nigéria, Argélia, Senegal, Tunísia e Congo Democrático ocuparam as posições imediatas.
XI Edição: 1994
País sede -Tunísia Campeã: Angola Participantes: Angola, Costa do Marfim, Argélia, Congo, Nigéria e Tunísia.
Em 1994, na cidade de Tunis, Angola ganhou a terceira taça africana. Ainda sob o comando técnico de Beto Ferreira, contra todas as expectativas, o “sete” nacional estava a um passo de igualar o Congo, em termos de conquistas, com quatro troféus.
A nível de clubes, no ano seguinte o Petro de Luanda venceu pela segunda vez a taça dos clubes campeões. Ainda em fase de recuperação, do tombo da edição passada, a Costa do Marfim criou algumas dificuldades, mas insuficiente para alterar o rumo dos acontecimentos.
As campeãs africanas foram mais certeiras, ao derrotarem (24-18) as adversárias. Congo, Nigéria e Tunísia destacaram-se nas posições seguintes. A jogar em solo pátrio, a Tunísia foi incapaz de fugir da cauda.
XII Edição: 1996
País sede - Benim Campeã: Costa do Marfim Participantes : Costa do Marfim, Argélia, Angola, Congo, Camarões, Moçambique e Togo.
A cidade de Cotonou, Benim, é de má memória para a selecção. Em 1996, na época às ordens de Norberto Baptista, Angola ficou impossibilitada de revalidar o título e teve de contentar-se com a medalha de bronze.
A Costa do Marfim alcançou o segundo troféu continental, ao vencer na final (35-19) a Argélia. Apesar do desaire, a veia ganhadora já estava enraizada, facto que veio a se confirmar nas edições subsequentes, onde as Pérolas só deram ouro, mesmo com os diferentes processos de renovação.
No mesmo ano, as moçambicanas estrearam-se no CAN e pela primeira vez a prova contou com a participação de dois países lusófonos. A tabela classificativa ficou assim ordenada: Costa do Marfim, Argélia, Angola, Congo, Moçambique e Togo.