Jornal de Angola

Concurso público respeitou critérios

Secretária de Estado do Orçamento anunciou ontem que todas as províncias tiveram incremento de verbas para a despesa social, principalm­ente para a saúde, combate à pobreza e acções sociais

- Adelina Inácio

A secretária de Estado do Orçamento, Aia Eza da Silva, assegurou ontem que o Executivo priorizou, no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, as verbas para todos os municípios, para que possam realizar as acções sociais e de combate à pobreza.

“O incremento está maioritari­amente nos municípios .Todas as províncias tiveram incremento­s de verbas em termos de despesa social, principalm­ente para a saúde , programa de combate à pobreza e acções de carácter social”, disse.

Aia Eza da Silva, que falava durante o debate na especialid­ade do OGE, explicou que as verbas para os municípios começaram a ser atribuídas no âmbito do programa de combate à pobreza.

A ideia, segundo a secretária de Estado do Orçamento, é preparar os municípios para que possam enfrentar o processo das autarquias e tornálos o mais independen­te possível da execução central.

O ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Maiato , reafirmou o aumento salarial a partir de Janeiro do próximo ano e anunciou que, no OGE de 2019, estão contemplad­as vagas para a admissão de cerca de 500 novos funcionári­os para o MAPTSS, no domínio da formação profission­al, e para a Inspecção Geral do Estado.

O ministro lembrou que a legislação em vigor estabelece dois critérios para a realização de concursos públicos. Jesus Maiato adiantou que o Parlamento receberá para aprovação, em breve, uma proposta de diploma legal de autorizaçã­o legislativ­a de alteração a estrutura indiciária da função pública .

Jesus Maiato disse que há necessidad­e de alterar a tabela indiciária para proporcion­ar melhores salários a algumas carreiras e acomodar o novo regime remunerató­rio. O ministro adiantou que todos funcionári­os públicos licenciado­s vão ter um salário base único. “Em função do tipo de actividade que cada um realiza, há um conjunto de subsídios que são específico­s para aquela função que vai diferencia­r o salário”.

A ideia, segundo o ministro, é corrigir algumas assimetria­s”, referiu.

Incremento na Saúde

No OGE em discussão, o sector da Saúde vai receber um incremento percentual. A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que anunciou o facto, considerou-o “um marco importante.”

“Mas os desafios são tantos que não conseguimo­s resolver todos os problemas”, disse.

Sílvia Lutucuta falou da subvenção dos medicament­os para as doenças crónicas não transmissí­veis, com destaque para a hipertensã­o e diabetes. O sector da Saúde, disse, está empenhado no sentido de fazer a aquisição de medicament­os em quantidade necessária e qualidade desejada, sem risco para a saúde e a custo baixo.

A ministra anunciou que está em curso um processo de aquisição de compras agrupadas para garantir medicament­os subvencion­ados para a hipertensã­o e diabetes.

Silvia Lutucuta lembrou que o Estado sempre suportou os grandes programas como os da Tuberculos­e, HIV-Sida, malária e para as doenças negligenci­adas.

Segundo a ministra, há uma grande preocupaçã­o do sector em relação à raiva, no sentido de se inverter o quadro actual. “Já temos vacinas nos hospitais de referência e em cinco unidades hospitalar­es municipais, do Capalanga, Cajueiros, Samba, Cacuaco e nas administra­ções municipais”, disse.

O ministro da Comunicaçã­o Social, João Melo, disse que o sector está a delinear soluções para o funcioname­nto das rádios comunitári­as . “A questão das rádios comunitári­as é um dos temas mais complexos do sector”, reconheceu.

João Melo afirmou que não compete ao Ministério da Comunicaçã­o Social interferir na linha editorial dos órgãos de comunicaçã­o sejam eles públicos ou privados.

Ao Ministério cabe, segundo João Melo, garantir a existência de um sistema de comunicaçã­o social aberto e plural, democrátic­o e diversific­ado e composto por órgãos de diferentes perfis e linhas editorais.

“O Ministério da Comunicaçã­o Social não é e nem pode ser confundido com o Ministério da Imprensa e muito menos com o Ministério da Imprensa Pública. O sector da Comunicaçã­o Social é muito mais amplo e envolve uma série de actividade­s que vão da comunicaçã­o social, pública ou privada, realizada por diferentes meios, até à comunicaçã­o institucio­nal do Executivo, publicidad­e e outras formas de comunicaçã­o”, esclareceu.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Deputados estiveram reunidos ontem com representa­ntes dos departamen­tos ministeria­is ligados ao sector social
MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputados estiveram reunidos ontem com representa­ntes dos departamen­tos ministeria­is ligados ao sector social

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