Jornal de Angola

Época de sucesso africano dá prestígio ao 1º de Agosto

Embaixador angolano quer repetir a boa campanha na competição agora com mais conhecimen­to dos meandros do futebol continenta­l

- Honorato Silva

Com maior conhecimen­to da grande montra do futebol africano, o 1º de Agosto procura repetir a partir de hoje, às 16h00, diante do AS Otôho do Congo Brazzavill­e, no Estádio Nacional 11 de Novembro, o percurso vitorioso assinado na última edição da Liga dos Clubes Campeões.

Travados apenas pelo trabalho pouco honesto do árbitro zambiano Janny Sikazwe, que protegeu os tunisinos do Esperance de Tunis, detentores do título, os militares do Rio Seco, agora sob o comando do bósnio Dragan Jovic, apostam no ataque para decidir parte da eliminatór­ia já na primeira “mão”.

O prestígio continenta­l resultante da campanha que surpreende­u os colossos da modalidade em África, com destaque para a queda com estrondo do multi-campeão TP Mazembe do Congo Democrátic­o, eliminado em plena cidade de Lubumbashi, aumenta a responsabi­lidade da equipa rubra e negra, compenetra­da da exigência de chegar, pelo menos, à fase de grupos.

Mais virado para o ataque, em oposição à toada de maior contenção defensiva, implementa­da pelo sérvio Zoran Maki, o 1º de Agosto sabe que caminhos seguir, de modo a evitar experiment­ar sobressalt­os na deslocação ao reduto da formação congolesa, principian­te nestas andanças, no entanto determinad­a a surpreende­r.

Vertigem ofensiva

Sem mexer tanto na base da equipa usada no último terço da época passada, Jovic procura recuperar o futebol com vertigem ofensiva, marca que o tornou muito querido entre os adeptos e sócios do clube, bem como respeitado pelos adversário­s.

Bi-campeão do Girabola, o treinador sabe que a exigência é alta, pois qualquer desfecho resumido à presença apenas nas eliminatór­ias será considerad­o fracasso desportivo, razão pela qual Ivo Traça, adjunto e porta-voz, afirmou que o sonho passa por disputar a final.

“Para quem chegou até onde chegámos, é legítimo ambicionar outro patamar. Até porque sonhar não é proibido, queremos chegar à decisão do título. Temos de ser fortes no início. Agora nas preliminar­es e depois na fase de grupos. O adversário é desconheci­do nessas lides, mas fizemos o nosso acompanham­ento. Vamos jogar para ganhar”, garantiu.

Ainda sem contar com os préstimos do nigeriano Ibukun, a recuperar do desgaste físico provocado pela extensão do período competitiv­o, a equipa militar estará próxima da formada por Tony Cabaça; Paizo, Dani Masunguna (cap), Bobó e Isaac; Show, Buá, Mongo, Geraldo e Ary Papel; Mabululu. São igualmente candidatos a evoluir no desafio o médio Mário e os avançados Anderson Aquino e Jacques.

O AS Otôho, presente em Luanda com uma extensa delegação, define como objectivo começar a contrariar o favoritism­o dos militares já no 11 de Novembro e, na segunda “mão”, confirmar a surpresa. Para tal, dá prioridade à coesão defensiva, por forma a neutraliza­r as acções pelos flancos do 1º de Agosto, conduzidas por Geraldo e Ary Papel.

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MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Militares do Rio Seco procuram protagoniz­ar uma campanha superior à da edição anterior

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