Tshisekedi e Kamerhe recebidos em apoteose
Os presidentes da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), Félix Tshisekedi, e da União para a Nação Congolesa (UNC), Vital Kamerhe, regressaram terça-feira à noite a Kinshasa, onde foram recebidos por milhares de apoiantes.
O regresso aconteceu depois do fracassado acordo de Genebra, mediado pela Fundação Kofi Annan, com vista a encontrar um candidato único para as eleições presidenciais de 23 de Dezembro e de um outro, negociado em Nairobi, Quénia, na sequência do qual estes líderes políticos escolheram Félix Tshisekedi como candidato conjunto da UDPS e da UNC.
Enquanto a campanha eleitoral para as eleições gerais já vai no seu sétimo dia, elementos armados da ADF-NALU são apontados como tendo atacado na noite de segunda para terça-feira a localidade de Oicha, no território de Beni, matando cinco pessoas. Esses rebeldes ugandeses, que queriam atacar uma posição militar em Mukakira-Oicha, acabaram por se confrontar com o Exército governamental na região de Muvingi.
O ataque armado aconteceu algumas horas depois dos mesmos elementos terem morto dois civis na estrada que liga a localidade de Mbau a Kamango.
Os líderes da sociedade civil em Beni interpelaram o Governo congolês e a Missão das Nações Unidas no Congo (MONUSCO) sobre o que consideraram “insegurança endémica” na região e arredores.
Num documento que remeteram à administração de Beni e à MONUSCO, eles exigem daquelas instituições o fim da insegurança. O documento pede também a expulsão dos estrangeiros da região, o fim da ocupação das suas terras e do movimento de forasteiros.