Cidadãos têm disponível Internet de acesso grátis
Estão já abertos quatro pontos públicos para que a população da província do Namibe possa pesquisar com facilidade
A cidade de Moçâmedes, no Namibe, conta, desde segunda-feira, com quatro pontos de acesso gratuito à Internet, no âmbito do projecto “Angola-Online”.
Na apresentação pública do projecto “Angola-Online”, que teve lugar no Largo José do Espírito Santo, bairro com o mesmo nome, no casco urbano da cidade, onde está instalado um dos pontos de acesso à Internet, o director-geral do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI), Miguel Cazevo, disse ao Jornal de Angola que o projecto visa disponibilizar pontos de acesso à Internet à juventude, às escolas e às universidades.
O projecto, acrescentou, começou a ser implementado na Lunda-Sul e já cobriu treze províncias. O AngolaOnline também abrange o “Ngola Digital Online”, outro co-projecto que visa criar centros de competência digital, para cidadãos que tenham curso de informática na óptica do utilizador, revelou o director do Infosi.
O referido projecto foi, também, inaugurado no complexo escolar Emílio Ngongo (Moçâmedes) e na escola primária João Firmino Tchinanga (Tômbwa).
Dados estatísticos dão conta que em Luanda, por exemplo, regista-se 12 mil acessos diários e em Moçâmedes (Namibe) já existem 150 dispositivos conectados no largo José do Espírito Santo. O responsável do Infosi garante que haverá mais acessos na Academia das Pescas e Ciências do Mar, Avenida Eduardo Mondlane e no Largo dos Pescadores, no município do Tômbwa. “A ideia é atingirmos, no Namibe, 500 pontos por hora, mais ou menos dois mil acessos por dia”, perspectivou.
Os internautas, acrescentou, têm duas horas para navegar, depois o dispositivo é retirado da rede, para dar acesso a outros que também queiram aderir ao serviço.
O director-geral do Infosi encoraja os estudantes no sentido de aproveitarem esta infra-estrutura tecnológica para investigações.
O governador provincial, Carlos da Rocha Cruz, apelou aos usuários da Internet ou das redes sociais a aproveitálas como instrumento de trabalho, pesquisando serviços, informações, arquivos, dissertações, actas de congressos, dicionários, etc.
Para Carlos Cruz, as redes sociais têm, também, por outro lado, sido as fontes de insensatez, aos transformarem-se em centros de boatos, fofocas, intrigas, maledicências, notícias falsas, falácias, guerras ideológicas, etc., dada a ingenuidade de muitos e por falta de um censo crítico apurado e amadurecido.
O governador Carlos Cruz pediu ao ministro das Telecomunicações e Tecnologia de Informação para desenvolver outros projectos com impacto relevante, como no turismo, como factor de crescimento económico, gerador de divisas, criação de empregos, revitalização cultural e a comunicação entre os povos, tendo em conta os factores culturais, com vista ao desenvolvimento local.
O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse ser objectivo do Executivo fazer com que cada vez mais a população possa aceder às tecnologias de informação e comunicação, particularmente a Internet, que hoje é uma ferramenta disponível.
“Estamos a desenvolver este projecto Angola-Online, que está a permitir que milhares de cidadãos, que não tendo a Internet nas suas casas ou locais mais próximos, possam acedê-la em locais públicos”, disse, tendo acrescentado que o desafio é levar este serviço às populações, a partir da definição dos roteiros, cujo objectivo está a ser cumprido.
O que se pretende é implantar esses serviços em alguns locais, em todas as capitais de província, garantiu o ministro, tendo apelado aos cidadãos que estejam a aceder à Internet no sentido de respeitarem o próximo, usando esses serviços para o bem e não para atitudes reprováveis.
Dados estatísticos dão conta que em Luanda, por exemplo, regista-se 12 mil acessos diários e em Moçâmedes já existem 150 dispositivos conectados no largo Espírito Santo