Criações de António Ole em exposição no Camões
A exposição de arte “Ossos do Ofício”, de António Ole, patente desde o final da tarde de terça-feira até 19 de Janeiro de 2019, no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, encerra a programação deste ano do concorrido espaço cultural luandense.
Com a criatividade de “Ossos do Ofício”, António Ole presta uma homenagem à memória dos que já partiram, porque “os mortos desaparecem, mas renascem na nossa memória.”
Ruy Duarte de Carvalho, Herberto Hélder e José Rodrigues são alguns dos nomes que sobressaem nesta galeria de memória e evocação, pelo registo que permanece vivo na nossa memória, do trabalho criativo e do seu profundo humanismo.
Segundo o artista, para apresentar essa exposição foi necessário “um labor criativo que prossegue com o mesmo espírito experimental e literário, pela pintura, pela fotografia, pela escultura e pela instalação que ao longo de um percurso eclético e multidisciplinar de mais de meio século de encantamento e perturbação no mundo da arte”.
“É inevitável, que ao chegar a este patamar temporal, cinquenta e tal anos a trabalhar em artes visuais, me ocorra agora rever algumas aventuras recentes, outras mais antigas, embora, isso não faça parte da minha praxis habitual. Detenho-me pouco a olhar para trás”, realçou o artista.
A directora do espaço, Teresa Mateus, salientou ser uma grande honra e privilégio para o Camões acolher mais uma exposição de António Ole, não só pela excelência no trabalho, mas também, pela elevação e sentido de solidariedade e humanidade que caracteriza o seu perfil pessoal.
António Olé nasceu em Luanda. Estudou Cultura Afro -Americana e Cinema na Ucla (University of Califórnia, Los Angeles). É diplomado pelo Center for Advanced Film Studies, no American Film Institute, Los Angels.