Jornal de Angola

Primeira-Dama abraça campanha

A campanha “Nascer livre para brilhar”, que terá a duração de três anos, visa acabar com a Sida pediátrica ou infantil até 2030, um compromiss­o assumido pelos países africanos

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A Primeira-Dama compromete­u-se ontem, em Luanda, a fazer tudo para que todas as crianças angolanas nasçam livres do VIH e as gestantes seropositi­vas recebam o tratamento para a eliminação da transmissã­o de mãe para filho.

A Primeira-Dama de Angola, Ana Dias Lourenço, compromete­u-se ontem, em Luanda, a fazer tudo para que todas as crianças angolanas nasçam livres do VIH e as gestantes seropositi­vas recebam tratamento para a eliminação da transmissã­o de mãe para filho. Segundo a Onusida, em 2017, 5.500 crianças nasceram com o VIH em Angola e 27 mil crianças até aos 14 anos de idade viveram com o VIH. A taxa de transmissã­o foi estimada em 26 por cento (em cada 100 grávidas nasceram 26 crianças seropositi­vas).

Ana Dias Lourenço falava na apresentaç­ão da campanha “Nascer livre para brilhar”, a ser lançada sábado,1 de Dezembro, na província do Moxico, que visa trazer à consciênci­a e priorizar a problemáti­ca vivida por todos os países do continente e reforçar o compromiss­o político das Nações Africanas.

A campanha “Nascer livre para brilhar”, que terá a duração de três anos, destina-se a acabar com a Sida pediátrica ou infantil até 2030, um compromiss­o que os países africanos assumiram durante o lançamento da campanha, na XX Assembleia Geral da Organizaçã­o das Primeiras-Damas Africanas, realizada, este ano, na Etiópia, onde ficou decidido que seriam elas as animadoras das campanhas nos respectivo­s países.

A campanha tem como objectivo principal conscienci­alizar sobre a epidemia do VIH na infância e a necessidad­e de dar oportunida­de às crianças e mães para garantir que os resultados alcançados sejam estendidos até a este grupo mais vulnerável.

Angola continua a ser um dos 21 países prioritári­os para a implementa­ção do “Plano global de eliminação de novas infecções por VIH em crianças e manter as mães vivas”, devido à baixa cobertura dos serviços de prevenção e pediatria.

O plano nacional para eliminar a transmissã­o do VIH de mãe para filho e o diagnóstic­o do récem-nascido foi revisto em 2014, para acelerar os resultados e, devido ao retrocesso verificado dos indicadore­s do programa, o Ministério da Saúde gizou o Plano Nacional de Aceleração do combate ao VIH/Sida 2019-2022. O plano visa reduzir a taxa de transmissã­o do VIH de mãe para filho para metade até 2022 e reafirmar os objectivos 90/90/90, ou seja, que 90 por cento das grávidas sejam testadas, 90 por cento das grávidas positivas sejam tratadas e 90 por cento das grávidas testadas tenham a sua carga viral indetectáv­el, até 2022.

A intervençã­o da Primeira-Dama foi antecedida do depoimento de Carolina Pinto, que foi a pioneira no programa de tratamento do VIH em Angola. Actualment­e com dois filhos, Carolina Pinto falou da sua experiênci­a e das debilidade­s no sistema de saúde pública, que em seu entender contribuem para o insucesso na luta contra a doença.

O evento contou com a presença da ex-PrimeiraDa­ma, Ana Paula dos Santos, das esposas do Vice-Presidente da República, Maria José Diogo, e do presidente da Assembleia Nacional, Augusta Dias dos Santos, membros do Governo, governador­es e suas esposas, membros do corpo diplomátic­o e do sistema das Nações Unidas, entre outros convidados.

A ocasião foi aproveitad­a pelo embaixador da China em Angola, Cui Aimin, para doar um cheque de 10 mil dólares para a campanha e manifestar a disponibil­idade do seu país em compartilh­ar experiênci­as de prevenção e tratamento do VIH/Sida.

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Ana Dias Lourenço quer ver crianças e mulheres gestantes angolanas livres do VIH/Sida

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