PERISCÓPIO
Luciano Rocha
A “Operação Resgate”
faz lembrar, pelo menos em Luanda, a estória do cobertor curto, incapaz de tapar, em simultâneo, cabeça e pés, por insuficiência de meios ou mau planeamento, porventura pelos dois motivos.
Não basta anunciar intenções, nem sequer divulgar relatórios semanais, normalmente longos, enfadonhos e continuarmos a ver cidade e província sujas, desordenadas. Há relativamente pouco tempo, antes do início da “Operação Resgate”, face à confusão causada por grande parte dos táxis colectivos, de quem os conduz, cobradores e “lotadores”, a Polícia Nacional actuou. Em poucos dias acabou com a balbúrdia, mas foi “sol de pouca dura”.
Grande parte daqueles táxis regressaram aos mesmos locais, a pararem em cima de passadeiras, nas curvas, com os lotadores aos gritos e a gesticular no meio de passeios e artérias.
O encerramentos de estabelecimentos comerciais que funcionavam sem a devida autorização ou desimpedimentos da via pública de vendedores ambulantes ilegais, em algumas zonas, não significa que se esteja a dotar Luanda, no seu todo, da ordem exigida.
Estes são apenas dois exemplos da falta de eficácia da “Operação Resgate” em Luanda. A revelar falta de meios ou de planeamento.