Angola quer criar uma rede regional
A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, defendeu quarta-feira, em Brazzaville, República do Congo, a criação de uma rede regional cultural, para a promoção e internacionalização das indústrias culturais, como fonte de rendimento para as famílias e geração de postos de trabalho para a juventude, ajudando a combater a pobreza, a violência e contribuir para o fortalecimento da identidade nacional.
Falando à sua chegada na capital congolesa, onde participa desde ontem até hoje na reunião dos ministros da Cultura da África Central, Carolina Cerqueira disse que a promoção das indústrias criativas e culturais consta das prioridades da Unesco e de outras organizações regionais, porquanto poderão constituir fontes alternativas de diversificação da economia e garante do sustento de famílias, sobretudo das zonas rurais e menos desenvolvidas, sem acesso às novas tecnologias, e postos de trabalho seguros.
Referindo-se à experiência de Angola, considerou que no Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018 -2022) é dado um relevo à importância do fomento da produção cultural, como factor de criação de riqueza e de postos de trabalho, pelo impacto que tem em várias actividades económicas, em particular na promoção dos produtos locais, pois contribui para o turismo sustentável, a inclusão social e um trabalho digno para as gerações mais jovens. A ministra da Cultura apontou o artesanato, a música, a dança tradicional, o teatro, a gastronomia, as tradições populares, as línguas nacionais e a moda como indústrias criativas em verdadeira expansão em Angola e que têm impulsionado a criação de centros culturais e de casas de cultura um pouco por todo o país, em particular nos municípios, como verdadeiros espaços de criação e divulgação cultural e fomento das artes.
A delegação angolana ao evento é integrada pelo director nacional das Línguas Nacionais, José Pedro, pela directora do Intercâmbio, Suzana de Sousa, e pelo adido cultural na República do Congo, Ndo Ngadi Ngolo Mpovi.