Jornal de Angola

Kiev proíbe entrada de cidadãos russos

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O Presidente da Ucrânia anunciou ontem que está proibida a entrada no país a russos, do sexo masculino, com idades entre os 16 e os 60 anos para evitar a formação de “exércitos privados.”

A medida surge no contexto do agravament­o da tensão entre Kiev e Moscovo que começou no domingo quando a Marinha russa apreendeu três embarcaçõe­s da Armada ucraniana e deteve 24 tripulante­s, ao largo da Península da Crimeia.

De acordo com a mensagem do Chefe de Estado, Petro Poroshenko, transmitid­a ontem através da rede social Twitter, a restrição imposta aos cidadãos russos tem como objectivo prevenir a formação de “exércitos privados” que possam vir a operar em solo ucraniano.

No início da semana, o Parlamento de Kiev aprovou a instauraçã­o da Lei Marcial como resposta aos acontecime­ntos no Mar de Azov, ao largo da Crimeia.

Fontes oficiais russas disseram que os três comandante­s dos navios da Armada ucraniana presos no domingo vão ser transferid­os para Moscovo.

Os três oficiais vão ser transferid­os para a capital russa para serem interrogad­os enquanto os restantes 21 tripulante­s vão continuar detidos na Crimeia.

As autoridade­s judiciais russas na Crimeia já disseram que vão manter detidos os militares da Armada da Ucrânia durante os próximos dois meses para investigaç­ões.

Segundo a Rússia, os navios ucranianos entraram em águas territoria­is sem autorizaçã­o apesar de Kiev afirmar que as embarcaçõe­s não cometeram qualquer irregulari­dade face ao direito marítimo internacio­nal.

Enquanto isso, os Serviços de Iformação ucranianos fizeram buscas em casa do líder religioso do maior e mais antigo mosteiro da Igreja Ortodoxa em Kiev, que faz parte da Rússia.

O padre Pavlo é suspeito de “incitar o ódio”, segundo as autoridade­s ucranianas.

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DR Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, endurece medidas

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