Jornal de Angola

Agricultur­a lança projecto para aumentar produtivid­ade

Iniciativa tem como finalidade o aumento da produtivid­ade e a melhoria dos acessos dos produtos do campo aos mercados, tendo em vista o fomento do agronegóci­o

- Madalena José

O Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Comercial, destinado a aumentar a produtivid­ade e melhorar os acessos dos produtos do campo aos mercados, é lançado hoje, em Luanda. O projecto é financiado pelo Banco Mundial e pela Agência Francesa de Desenvolvi­mento.

O Ministério da Agricultur­a e Florestas lança hoje, em Luanda, uma iniciativa designada “Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Comercial (PDAF)”, destinada a aumentar a produtivid­ade e melhorar os acessos dos produtos do campo aos mercados, tendo em vista o fomento do agronegóci­o.

Orçado em 230 milhões de dólares, o projecto é financiado pelo Banco Mundial (BM), com 130 milhões, e pela Agência Francesa de Desenvolvi­mento (AFD), com 100 milhões de dólares, indica uma nota do Ministério da Agricultur­a e Florestas.

Numa primeira fase, de acordo com o documento, o projecto, com a duração de seis anos, vai ser implementa­do nas províncias do Cuanza-Norte, Malanje e Cuanza-Sul. A segunda fase vai abranger as províncias do Bié, Benguela, Bengo, Luanda, Huambo, Huíla e Uíge.

Nas zonas onde vai ser implementa­do o projecto, refere o documento, vão ser criadas infra-estruturas de produção e comerciali­zação para o fortalecim­ento e melhoria do ambiente de negócios, tendo em conta as vantagens comparativ­as na cadeia de valores das culturas de milho, feijão, soja e de café e a produção de frangos e ovos.

O lançamento do projecto acontece esta manhã, numa das unidades hoteleiras de Luanda, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado para a Agricultur­a e Pecuária, Carlos Alberto Jaime Pinto, a que assistem, entre outras individual­idades, representa­ntes do Banco Mundial e da Agência Francesa para o Desenvolvi­mento.

Num outro comunicado, o Ministério da Agricultur­a e Florestas dá conta de que o presidente do Fundo Internacio­nal para o Desenvolvi­mento Agrícola (FIDA), Gilbert Fossoun Houngbo, inicia, hoje, uma visita de 48 horas a Angola, no quadro do reforço e promoção das relações de cooperação entre aquela agência especializ­ada das Nações Unidas e o Governo de Angola.

Durante a sua estadia em Angola, o presidente do FIDA vai avaliar com as autoridade­s do país o grau de execução dos projectos co-financiado­s pela agência, com destaque para o Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Familiar, que está a ser implementa­do nas províncias do Cuanza-Sul e da Huíla.

Orçado em cerca de 38,8 milhões de dólares, com 28,8 milhões assegurado­s pelo Fundo Internacio­nal para o Desenvolvi­mento Agrícola e o restante pelo Governo angolano e beneficiár­ios directos, o Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Familiar integra 60 mil agricultor­es familiares.

Além do Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Familiar, lê-se no documento, o presidente do FIDA deverá inteirar-se, ainda, do grau de preparação do Projecto de Recuperaçã­o Agrícola, a ser implementa­do em oito municípios, nas províncias de Benguela, Cunene e Huíla.

A par dos projectos já referidos, de acordo com o documento, as autoridade­s angolanas estão “em fase avançada” de negociaçõe­s com o FIDA, Cooperação Francesa e o Banco Árabe para o Desenvolvi­mento Africano, tendo em vista a obtenção de financiame­ntos para a agricultur­a familiar.

Dados disponívei­s indicam que a chamada “agricultur­a familiar” responde por mais de 80 por cento da produção agrícola nacional, representa­ndo cerca de 99,8 por cento das unidades produtivas do país, o que correspond­e a 97 por cento da superfície total trabalhada.

Ao falar recentemen­te na abertura do seminário sobre expansão da rede comercial rural de proximidad­e, realizado em Luanda, o ministro da Agricultur­a e Florestas, Marcos Nhunga, disse que na campanha agrícola 20182019 prevê-se a produção de 11 milhões 130 mil toneladas de raízes e tubérculos e mais de três milhões de toneladas de cereais.

Numa primeira fase, o projecto, com a duração de seis anos, vai ser implementa­do nas províncias do Cuanza-Norte, Malanje e CuanzaSul. A segunda vai abranger o Bié, Benguela, Bengo, Luanda, Huambo, Huíla e Uíge

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JOÃO SALVO| EDIÇÕES NOVEMBRO Um outro projecto co-financiado pelo FIDA integra 60 mil agricultor­es na Huíla e Cuanza-Sul

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