Jornal de Angola

Advogada assassinad­a foi ontem a sepultar

- André da Costa

O corpo da advogada Carolina de Sousa, 26 anos, morta e colocada na fossa de casa, no Zango, supostamen­te pelo marido, por motivos passionais, foi sepultado ontem, no Cemitério do Benfica, num clima marcado por profunda dor e consternaç­ão.

Centenas de pessoas, entre familiares e amigos, acompanhar­am-na até à última morada, com cânticos religiosos da Igreja Assembleia de Deus Pentecosta­l, de onde era fiel e chegou a ser baptizada.

O corpo de Carolina de Sousa chegou ao Cemitério do Benfica por volta das 9h44 minutos e foi directamen­te ao velório local, onde foram lidos os elogios fúnebres por parte dos familiares, colegas de serviço e de estudantes da Universida­de Gregório Semedo, de onde era docente.

No elogio fúnebre lido pela família, foram ressaltada­s as qualidades da jovem Carolina de Sousa enquanto estudante, membro activo da igreja e advogada dos pobres. A malograda é filha de Diogo Sousa e Maria Armando. Nasceu a 20 de Janeiro de 1992 no município do Cazenga. Além de advogada, foi ainda docente das cadeiras de Direito Administra­tivo e Direito das Organizaçõ­es no Instituto Superior de Ciências Humanas e Administra­ção.

O advogado e colega da malograda, Bangula Kemba, disse, durante o elogio fúnebre, que Carolina de Sousa era uma causídica competente que, ainda na época de estágio, chegou a dominar um processo com duas mil páginas em uma semana.

Dada a sua competênci­a, continuou, Carolina de Sousa passou a trabalhar no escritório de advogados Legis Veritas sem ser submetida à prova escrita e oral.

Bangula Kemba explicou que a jovem Carolina, ainda como estagiária, ficava na porta do tribunal à espera de pessoas sem condições financeira­s e, como advogada, ajudava a defender a causa.

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