Advogada assassinada foi ontem a sepultar
O corpo da advogada Carolina de Sousa, 26 anos, morta e colocada na fossa de casa, no Zango, supostamente pelo marido, por motivos passionais, foi sepultado ontem, no Cemitério do Benfica, num clima marcado por profunda dor e consternação.
Centenas de pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam-na até à última morada, com cânticos religiosos da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, de onde era fiel e chegou a ser baptizada.
O corpo de Carolina de Sousa chegou ao Cemitério do Benfica por volta das 9h44 minutos e foi directamente ao velório local, onde foram lidos os elogios fúnebres por parte dos familiares, colegas de serviço e de estudantes da Universidade Gregório Semedo, de onde era docente.
No elogio fúnebre lido pela família, foram ressaltadas as qualidades da jovem Carolina de Sousa enquanto estudante, membro activo da igreja e advogada dos pobres. A malograda é filha de Diogo Sousa e Maria Armando. Nasceu a 20 de Janeiro de 1992 no município do Cazenga. Além de advogada, foi ainda docente das cadeiras de Direito Administrativo e Direito das Organizações no Instituto Superior de Ciências Humanas e Administração.
O advogado e colega da malograda, Bangula Kemba, disse, durante o elogio fúnebre, que Carolina de Sousa era uma causídica competente que, ainda na época de estágio, chegou a dominar um processo com duas mil páginas em uma semana.
Dada a sua competência, continuou, Carolina de Sousa passou a trabalhar no escritório de advogados Legis Veritas sem ser submetida à prova escrita e oral.
Bangula Kemba explicou que a jovem Carolina, ainda como estagiária, ficava na porta do tribunal à espera de pessoas sem condições financeiras e, como advogada, ajudava a defender a causa.