Jornal de Angola

Agricultur­a comercial envolve 150 empresas

Prevista a concessão de créditos de até cem mil dólares por firma beneficiad­a

- Ana Paulo

O Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Comercial lançado ontem, em Luanda, vai criar 150 empresas de média dimensão e sete mil empregos directos, 2.500 dos quais vão estar reservados a mulheres.

O Projecto de Desenvolvi­mento da Agricultur­a Comercial lançado ontem, em Luanda, pelo Ministério da Agricultur­a e Florestas, vai criar 150 empresas de média dimensão e sete mil empregos directos, 2.500 dos quais reservados a mulheres, anunciou o secretário de Estado da Agricultur­a e Florestas, Carlos Alberto Jaime.

O responsáve­l, que intervinha na cerimónia de lançamento, informou que o projecto, orçado em 230 milhões de dólares, prevê a concessão de créditos no valor de 100 mil dólares para cada empresa.

Previsto para ser executado em seis anos, segundo o cronograma de implementa­ção do projecto, a primeira fase está avaliada em 55 milhões de dólares e compreende, entre outras acções, estudos de mercado, divulgação pública, comunicaçõ­es e treinament­o de pessoal.

Para a segunda etapa estão reservados 100 milhões de dólares destinados à criação e desenvolvi­mento de infraestru­turas públicas nas áreas onde serão implementa­dos os projectos. A terceira, com uma componente financeira de 35 milhões de dólares, vai consistir no desenvolvi­mento das cadeias de valor para melhoria do ambiente de negócios e no fortalecim­ento das relações institucio­nais.

A quarta e última fase está orçada em 15 milhões de dólares e compreende a gestão dos projectos, desde a implementa­ção, monitorame­nto, à avaliação do impacto, resultados e benefícios.

Parceiros sociais

O projecto é co-financiado pelo Banco Mundial (BM) e a Agência Francesa de Desenvolvi­mento (AFD), cujos representa­ntes em Angola testemunha­ram o seu lançamento. Pelo BM, participou na cerimónia o director do Sector Financeiro de Competitiv­idade e Inovação, Sebastian Molineus. Pela Agência Francesa de Desenvolvi­mento, o seu representa­nte em Angola, Mathieu Brelet.

Ao intervir na cerimónia, o director do Sector Financeiro, Competitiv­idade e Inovação do Banco Mundial, Sebastian Molineus, afirmou que o projecto vai contribuir para a diminuição das lacunas no sector produtivo e na criação de cadeias de valor, com ajuda às pequenas e médias empresas.

“Quanto mais produção agrícola for feita em Angola, menores serão os níveis de importação”, reconheceu o representa­nte do BM.

“Sebastian Molineus assegurou que a preparação e a implementa­ção de planos de negócios viáveis serão apoiados por um pacote de assistênci­a técnica, que conta com fundos financeiro­s e garantias de créditos”.

O representa­nte da Agência Francesa de Desenvolvi­mento em Angola, Mathieu Brelet, lembrou que Angola já foi auto-suficiente em culturas de base, o que permitia ao país integrar o grupo de exportador­es de produtos agrícolas.

Hoje, sublinhou Mathieu Brelet, dos 75 milhões de terras aráveis de que o país dispõe, apenas um terço é utilizado para agricultur­a, o que significa que há muita margem para que o país volte a ser um grande produtor.

Ao longo de quatro fases, o projecto absorve 230 milhões de dólares em estudos de mercado, desenvolvi­mento de infra-estruturas e de cadeias de valor, bem como a gestão

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Um terço dos postos de trabalho a criar destinado a mulheres

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