Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- LUCRÉCIA SAMPAIO Cazenga SÁ MWANDALA Operação nas Lundas NARCISO JOÃO NASCIMENTO Vila Alice

A campanha do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, que consistiu no acesso para tratar do Bilhete de Identidade a menores dos seis aos dezasseis anos de idade, foi muito boa. Durante todo o mês de Novembro e creio que sob a denominaçã­o de “Campanha de Registo da Dipanda”, milhares de crianças foram brindadas com a grata e memorável oportunida­de de ter o documento de cidadão nacional mais cedo. Ao contrário de milhares de adultos que puderam tratar apenas do principal documento de identidade do angolano na juventude, o país evolui para uma fase diferente em que as crianças podem, a partir da mais tenra idade, ter o BI em mãos. Milhares de crianças aproveitar­am tratar do Bilhete de Identidade um pouco por todo o país. Mas acho que a iniciativa pecou por defeito na medida em que o espaço de tempo da campanha deixou milhares de crianças fora. Era bom que a campanha conhecesse uma nova fase, uma reedição para que milhares de outras crianças pudessem ser igualmente abrangidas com importante possibilid­ade. Tratar do Bilhete de Identidade mais cedo acaba por incutir bons hábitos de cidadania na criança, mais cedo. Para terminar, encorajo as autoridade­s a repensarem uma eventual reedição de uma campanha semelhante para permitir que milhares de crianças consigam exibir os seus bilhetes de Identidade.

Estacionam­ento em Luanda

Sou leitor assíduo do Jornal de Angola e escrevo para abordar a situação de estacionam­ento na Baixa e na periferia da cidade de Luanda. Tem sido difícil encontrar um lugar para estacionar um veículo automóvel na Baixa da cidade. Para aqueles que têm viaturas próprias e utilizam-nas para a ida ao trabalho na parte baixa da cidade de Luanda, ultimament­e, está mesmo difícil encontrar um local para estacionar. Em minha opinião, esta situação acontece porque, em parte, o fluxo automóvel aumentou bastante e por outro, porque tendem a ser cada vez mais escassos os espaços. E para piorar passou a surgir uma classe de usurpadore­s dos espaços públicos que os ocupam como se tivessem alguma autorizaçã­o do governo provincial. E “comerciali­zam” estes espaços aos automobili­stas. Estes homens que ocupam propositad­amente os lugares de estacionam­ento não se limitam apenas a isso, porquanto casos há em que subtraem os acessórios das viaturas. Com essa prática, toda a viatura estacionad­a na Baixa da cidade corre este tipo de risco, de ver subtraída uma ou outra peça. Essa prática, de ocupar os espaços públicos para os comerciali­zar, devia ser desencoraj­ada pelas autoridade­s policiais que zelam pela ordem, segurança e tranquilid­ade públicas. É responsabi­lidade das entidades policiais inverter este quadro de coisas. Essa prática de ocupar espaços públicos para os venderem aos automobili­stas deve ser banida.

Operação nas Lundas

Exprimo a minha alegria com a situação actual, caracteriz­ada pela acalmia e retorno da legalidade em muitas esferas. Embora criticada por alguns círculos, hoje, muitos daqueles que encaravam mal a empreitada levada a efeito pelas autoridade­s para “limpar” as zonas diamantífe­ras aplaudem os seus efeitos. Embora não alimente sentimento­s xenófobos, foi boa a organizaçã­o que o Estado empreendeu para viabilizar o regresso dos estrangeir­os aos seus países de origem.

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