Angola e Congo Democrático centralizam atenções da ronda
Campeãs africanas querem manter senda de vitórias para tomar de assalto o primeiro lugar da classificação do Grupo A do Campeonato Africano das Nações
Revigoradas fisicamente, as selecções de Angola e do Congo Democrático protagonizam hoje, às 17h00, no Pavilhão Nicole Oba, a partida de destaque da 23ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN) de andebol sénior feminino, a contar para a quarta jornada do Grupo B, com palco em Brazzaville, até 12 do corrente.
Decididas a ocupar o topo da tabela classificativa, as Pérolas entram motivadas para somar mais um triunfo, onde o rigor defensivo, aliado ao ataque planeado, podem conduzir as comandadas de Morten Soubak ao objectivo previamente traçado.
Albertina Kassoma, Magda Cazanga, Joana Costa e Liliana Venâncio fazem a diferença nas acções defensivas, ao passo que Isabel Guialo (capitã), Helena Paulo, Aznaide Carlos e Vilma Nenganga comandam a artilharia.
Ontem, as campeãs africanas projectaram o desafio através da visualização de vídeos. Hoje de manhã, o trabalho de campo domina a preparação, com especial atenção para a correcção dos erros técnicos.
Cientes das capacidades do combinado angolano, às congolesas recomenda-se prudência, de modo a equilibrarem o jogo. Celestin Mpoua e pupilas precisam de estar ao melhor nível, caso pretendam surpreender as adversárias. Na edição passada, o Congo Democrático perdeu (19-38), uma diferença de 19 golos. Cristiane Mwasessa, que milita no 1º de Agosto, é a mais referenciada e conhece bem as características do “sete” nacional. Mesmo assim, a meia - distância atribuiu o favoritismo às Pérolas.
Duas horas depois, Guiné Conacri e Marrocos medem forças. O equilíbrio eventualmente será a tónica dominante, mas com ligeira ascensão das magrebinas. Disputadas que estão três jornadas, o Congo ocupa a primeira posição com cinco pontos, seguida de Angola (4), Congo Democrático (3), Marrocos e Guiné Conacri (0).
Por imperativo de calendário, hoje a equipa anfitriã descansa. A ronda reserva, às 13h00, o encontro entre Senegal e Argélia para o Grupo A, com favoritismo para as oeste-africanas. A ousadia, a par da irreverência da sua juventude, tem servido de escudo para frustrar os intentos das oponentes.
Com um conjunto mais adulto, as argelinas devem apostar na coesão defensiva, no sentido de impedirem que o nervosismo leve a melhor nos momentos decisivos. Às 19h00, a Costa do Marfim defronta a Tunísia. Embora tenham claudicado no primeiro jogo e empatado no segundo, as tunisinas têm mais hipóteses de vencer.
O Senegal lidera a série, com quatro pontos, à frente dos Camarões (4). Argélia (3), Tunísia (1) e Costa do Marfim (0). Das 16 jogadoras inscritas pela selecção da Guiné Conacri, cinco estão de fora, por dupla nacionalidade duvidosa. O facto foi revelado pelo vicepresidente da Confederação Africana de Andebol (CAHB), Pedro Godinho.
Em declarações ao Jornal de Angola, o dirigente explicou que para evitar a falha de 2016, em Luanda, que culminou com a desqualificação do Senegal, o Comité Organizador adoptou algumas medidas consideradas oportunas. “Todos os países inscritos, dois meses antes do arranque da prova devem fazer chegar à organização a constituição das referidas equipas. A seguir, a lista é remetida à Federação Internacional (IHF)”,disse.
Caso alguma jogadora, segundo o dirigente, já tenha disputado um mundial por outra selecção, o Comité Organizador recebe a confirmação. “No caso da Guiné, as cinco atletas que ficaram de fora têm dupla nacionalidade duvidosa. Já representaram outros países, e alegam ter mais de uma naturalização, mas não conseguem provar. Por esta razão, só 11 estão inscritas. Nós aprendemos com os erros,”concluiu.
Com esta situação, o técnico Clement Petit está sem opções para rodar o plantel, e fazer determinadas substituições no decorrer dos jogos. O cansaço é visível, e o grupo já consentiu várias derrotas, com destaque para a “cabazada”, 40-17, com Angola.