FIDA financia agricultura e pescas
Executivo tem garantido o apoio para reforçar a agricultura familiar no quadro das acções de combate à fome e à pobreza
O presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Gilbert Fossoun Houngbo, anunciou ontem, em Luanda, um financiamento para Angola na ordem dos 200 milhões de dólares, para os sectores das Pescas e da Agricultura. A informação foi dada à imprensa, no fim de um encontro com o Presidente da República, João Lourenço. O FIDA pretende contribuir para a implementação do programa do Executivo de luta contra a pobreza e para o desenvolvimento das zonas rurais, através da Agricultura, Pescas e Pecuária.
A estratégia do Governo angolano para atingir a auto-suficiência alimentar está reforçada com o financiamento do Fórum Internacional para o Desenvolvimento (FIDA) de cerca de 200 milhões de dólares para a implementação de um projecto nos domínios da agricultura e pescas.
O anúncio sobre o financiamento do projecto em Angola foi feito ontem, em Luanda, pelo presidente do FIDA, Gilbert Houngbo, à imprensa, no final da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta.
De acordo com o responsável, o FIDA vai trabalhar com a Agência Francesa de Desenvolvimento e com o Banco de Desenvolvimento Agrícola (BDA). Gilbert Houngbo disse que, para o projecto, o FIDA contribuiu com cerca de 40 milhões de dólares do valor global. O resto veio de parceiros com quem a instituição trabalha, segundo o responsável.
A ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, que acompanhou o presidente do FIDA na audiência com o Chefe de Estado, o apoio daquela instituição “é extremamente importante se tivermos em conta a capacidade técnica, tanto no âmbito da pesca artesanal marítima ou continental como na piscicultura comunal”.
O ministro da Agricultura, Marcos Alexandre Nhunga, que também acompanhou a visita do presidente do FIDA ao Palácio Presidencial, afir- mou que o Executivo definiu a agricultura familiar como grande aposta.
O responsável indicou que o Governo tem já três projectos com o FIDA e o que vai ser implementado nos domínios das Pescas e da Agricultura vai contribuir para o aumento da produção.
“Há uma componente importante neste projecto que tem a ver com a recuperação de estradas secundárias e terciárias para permitir o escoamento da produção”, disse, acrescentando que o FIDA é um parceiro antigo do Governo angolano. Convite do Japão
O Governo japonês convidou o Chefe de Estado angolano a participar no TICAD, que acontece de 28 a 30 de Agosto do próximo ano naquele país.
O convite foi feito pelo antigo senador daquele país, Tetsuro Yano, durante a audiência que lhe foi concedida ontem pelo Presidente da República, João Lourenço.
O Governo nipónico convidou igualmente João Lourenço a realizar uma visita de Estado ao Japão, cuja data deve ser acertada pelos canais diplomáticos comuns.
Tetsuro Yano, que já visitou Angola 30 vezes desde 1994, disse que as relações entre os dois países estão fortes. O responsável disse que o Presidente João Lourenço manifestou interesse em participar na TICAD.
O Japão, segundo Tetsuro Yano, tem interesse na área de construção de infra-estruturas em Angola. O dignitário nipónico indicou que o Japão prepara a elaboração de um plano abrangente para o sector energético até 2040. Neste âmbito, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, vai ao Japão hoje para acertos sobre a concretização deste projecto.
Tetsuro Yano confirmou, sem detalhes, o interesse daquele país na construção de uma refinaria em Angola. Este assunto, segundo o responsável, está a ser tratado entre a Sonangol e a empresa japonesa Niki.
Formação de quadros
O reitor da Universidade Internacional INSEAD, Ilian Mihov, reiterou a disponibilidade da sua instituição em cooperar com o Governo de Angola na formação de quadros angolanos nas áreas de Gestão e Administração.
Em declarações à imprensa, no final de uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço, reafirmou o desejo da INSEAD em apoiar Angola na criação de competências profissionais e geração de emprego.
Ilian Mihov informou que a referida instituição, sedeada em França, garante anualmente 12 mil mestrados em cursos de Gestão, mil dos quais para executivos.
"Percebemos que o Governo angolano decidiu colocar a agricultura e a transformação de pequenos produtos no centro da sua estratégia de desenvolvimento económico e da luta contra a pobreza"