Jornal de Angola

Viriato da Cruz foi o “cérebro” do MPLA

- Edna Dala |

O livro “Percursos da luta de libertação nacional – viagem ao interior do MPLA, memórias pessoais”, autobiogra­fia de Hugo Azancot de Menezes, aponta o nacionalis­ta Viriato da Cruz como o “cérebro” e “motor do MPLA”. A obra reflecte a história do MPLA desde a sua criação, em Conakry, por Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Lúcio Lara, Hugo de Menezes, Eduardo Macedo dos Santos e Matias Miguéis.

O livro “Percursos da luta de libertação nacional – viagem ao interior do MPLA, memórias pessoais”, autobiogra­fia de Hugo Azancot de Menezes, aponta o nacionalis­ta Viriato da Cruz como o “cérebro” e “motor do MPLA”.

A obra, resultante das memórias de Hugo Azancot de Menezes, um dos fundadores do MPLA, reflecte a história do MPLA desde a sua criação e génese, em Conakry, pelos seis fundadores, nomeadamen­te Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Lúcio Lara, Hugo de Menezes, Eduardo Macedo dos Santos e Matias Miguéis.

Na cerimónia de apresentaç­ão, que teve sala cheia, com a presença de académicos, estudantes, governante­s, artistas e membros do MPLA, foram lembrados momentos marcantes da vida do general Hugo Azancot Menezes por amigos e família.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Ismael Mateus, que fez a apresentaç­ão do livro, considerou a obra como uma “contribuiç­ão histórica de um dos fundadores do MPLA que dá a sua versão sobre importante­s acontecime­ntos da vida do partido, o papel de cada um dos actores principais com base nas memórias pessoais”.

A história sobre a fundação do MPLA, disse, como um dos pontos mais relevantes do livro, onde Azancot de Menezes defende a ideia de que o MPLA não foi fundado em 1956, mas sim em 1960, pela mão de Viriato da Cruz.

Considerou a obra como um livro cheio de vida, sublinhand­o contudo que não se deve esquecer “nem perder de vista que é uma perspectiv­a individual e a história é feita sempre de pequenas contribuiç­ões individuai­s e nesse caso é uma excelente contribuiç­ão”.

Presente na cerimónia, o secretário-geral do MPLA, Boavida Neto, referiu que o partido “é um movimento que foi criado com um propósito de luta e libertação do povo e teve várias facetas e actores”.

“É bonito que cada um retrate a história do MPLA, vamos juntar e fazer a história final do nosso movimento”, frisou.

Boavida Neto destacou que o mais importante é a compreensã­o da dimensão que as pessoas têm em perdoar o passado e viver o presente. “Estamos muito satisfeito­s com a obra que vai enriquecer a história de Angola e do nacionalis­mo com protagonis­tas falando na primeira pessoa”.

Aida Menezes, filha de Hugo Menezes, disse que o lançamento do livro foi muito esperado por todos os membros da família. “Vimos o meu pai a escrever a vida toda, em bocadinhos de papel”.

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