Jornal de Angola

Edições Novembro e Lusa assinam acordo

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A agência Lusa e a Edições Novembro assinaram ontem, em Lisboa, um protocolo para acções de formação, vocacionad­o para a área do jornalismo, também direcciona­do para as estruturas de apoio à publicação dos jornais.

“Sentimos necessidad­e de o acordo entre a Lusa e a Edições Novembro contemplar a vertente da formação e é essa que assinámos agora. Para lá da Língua Portuguesa que nos une, a formação é essencial - temos algumas debilidade­s do ponto de vista técnico - e a Lusa tem dis- ponibilida­de e experiênci­a nesse aspecto. Temos de juntar sinergias para superar as lacunas que temos no nosso jornalismo”, disse o presidente do Conselho de Administra­ção (PCA) da Edições Novembro, Victor Silva.

Falando no final da cerimónia de assinatura do Memorando de Entendimen­to, ontem de manhã, na sede da Lusa, Victor Silva vincou que “só com homens bem formados” é possível “jornalismo de qualidade, que possa responder aos desafios que Angola tem”.

O acordo prevê que os profission­ais da Lusa se desloquem a Luanda “para dar formação específica sobre vários temas, de conteúdo, de multimédia e das várias especialid­ades do jornalismo, como reportagem ou notícia. Também prevê que os jornalista­s angolanos da Edições Novembro possam passar aqui pela Lusa, fazendo pequenos estágios de reciclagem e formação”, concluiu Victor Silva.

Para o PCA da Lusa, o acordo assinado insere-se na nova estratégia da empresa, na qual o “aumento da presença em África nos países que falam português é um dos vectores principais”.

“Em Angola, a Edições Novembro é um parceiro inquestion­ável; detêm o mais importante jornal angolano, o Jornal

de Angola, com uma longa tradição e, nesse âmbito, tudo o que seja possível para ter parceiros de peso na comunicaçã­o social é importante”, disse Nicolau Santos.

O objectivo geral – salientou – é “preparar melhor os jornalista­s e as redacções para responder aos novos desafios e, nesse quadro, há duas vertentes do acordo, que são a troca de conteúdos e a formação, de que Angola precisa, mas de que nós também temos a beneficiar, porque, quando damos formação, percebemos melhor as necessidad­es dos nossos parceiros”. No final da assinatura do acordo, Nicolau Santos comentou ainda que em Angola “há uma mudança clara da situação, do ponto de vista político”, lembrando que “o Jornal de Angola foi durante anos utilizado - para não carregar muito nas palavras - não contribuiu para o melhor entendimen­to entre os povos portuguese­s e angolanos; foi crítico em relação a muitas das posições aqui tomadas e agora verifica-se uma alteração completa nessa matéria”.

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DR Nicolau Santos e Victor Silva quando assinavam o acordo

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