Jornal de Angola

Angola joga para o 13º título africano

Campeãs ambicionam revalidar e cimentar o domínio e a hegemonia no continente e senegalesa­s almejam despojar as angolanas e erguerem pela primeira vez o troféu

- Teresa Luís | Brazzavill­e

Determinaç­ão, força e entrega são os elementos que a Selecção Nacional precisa, hoje às 16h00, quando defrontar a similar do Senegal, em partida referente à final da 23ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN) de andebol sénior feminino, no Pavilhão de Kintele, em Brazzavill­e.

Por conta do histórico composição do plantel, qualidade técnica e táctica - as Pérolas são teoricamen­te favoritas no “duelo”com as senegalesa­s. Entram para a quadra 12 títulos do “sete” angolano, contra nenhum do conjunto senegalês.

Com objectivos distintos, as contendora­s podem proporcion­ar aos cerca de 12 mil espectador­es um bom espectácul­o de andebol, com destaque para a ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula do Sacramento Neto, que, na tribuna VIP, vai “puxar” pela selecção.

A julgar pelo que as angolanas e oeste africanas já demonstrar­am no CAN, aguarda-se por uma partida de “titãs”, de desfecho imprevisív­el, embora na última edição do Africano as Pérolas tenham vencido (31-18).

Para chamarem a si o triunfo, as comandadas de Morten Soubak precisam de apresentar-se ao mais alto nível, sem menospreza­r as oponentes, de modo a fazerem uma partida irrepreens­ível. A combinação da consistênc­ia defensiva e a eficácia no ataque são os pontos fortes que o “sete” nacional deve potenciali­zar.

Fechar as linhas de passe das senegalesa­s, explorar os erros, e aproveitar as saídas para o contra ataque é o recomendáv­el às “senhoras” de ouro. Isabel Guialo (central), Magda Cazanga (lateral esquerda) e Aznaide Carlos (lateral direita) despontam na primeira linha. Elizabeth Cailo (ponta esquerda), Joana Costa (ponta direita) e Albertina Kassoma (pivô) pontificam-se na segunda, enquanto Teresa Almeida “Bá” é a guardiã da baliza.

Do lado do Senegal, jogar a final é a concretiza­ção de um sonho. Apesar de já terem feito história, as pupilas de Fredric Bougeant querem elevar a fasquia e destronar as campeãs, embora reconheçam ser uma tarefa “espinhosa”.

Apostam na irreverênc­ia e ousadia da sua juventude para conquistar o ceptro. O jogo do Senegal depende muito da segunda linha. Os golos passam pela pivô e capitã Hawa Ndiaye, e pelas pontas Awa Diop e Niacalin Kante.

Dificilmen­te as laterais, Amina Sankhare, Hadja Cisse e a central Nimetigna Keita rematam, e quando o fazem não são eficazes. A guardarede­s, Assia Germain, é um dos trunfos do treinador.

Às 13h30, os Camarões e o Congo Democrátic­o jogam pelo terceiro lugar da tabela. O desfecho define o terceiro e último represente africano no Mundial do Japão, em 2019.

A combinação da consistênc­ia defensiva e a eficácia no ataque são os pontos fortes que o “sete”nacional deve potenciali­zar hoje frente à selecção do Senegal

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| EDIÇÕES NOVEMBRO
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DR Pérolas perseguem na cidade congolesa de Brazzavill­e a conquista do décimo terceiro título na Taça de África das Nações

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