Jornal de Angola

Emissão de eurobonds conquista prémio

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Um grupo internacio­nal especializ­ado em informação financeira considerou a “Operação Palanca 2”, que designa a segunda emissão de eurobonds - títulos da dívida pública em moeda estrangeir­a - realizada por Angola em Maio deste ano como a melhor emissão soberana de 2018.

Segundo uma nota do Ministério das Finanças, distribuíd­a à imprensa, o galardão, que será entregue em Março de 2019, em Londres, é uma iniciativa da GFC, um grupo internacio­nal especializ­ado em informação financeira, que vai premiar também outras emissões corporativ­as, instituiçõ­es financeira­s e “project-finance” de entidades como Letshego Holding Ltd, ABSA Group e Enel Green Power, entre outras.

No documento, o Ministério das Finanças recorda que, em resultado da “Operação Palanca 2”, o Estado angolano captou recursos na ordem dos 3.500 milhões de dólares.

A primeira parcela, com maturidade de 10 anos e com um valor nominal de 1.750 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25 por cento.

A segunda parcela, segundo a nota, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1.250 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375 por cento.

Em Julho, face à grande procura registada, o país usou a prerrogati­va de reabrir esta emissão e, de modo complement­ar, captou 520 milhões de dólares, inscritos na parcela cuja maturidade estende-se até 2048.

“A confiança manifestad­a pelos investidor­es internacio­nais levou a que Angola emitisse, pela primeira vez, um título no mercado internacio­nal com maturidade de 30 anos, juntandose assim à África do Sul e à Nigéria como os únicos países da África Subsaharia­na a emitirem um título com essas caracterís­ticas”, lê-se na nota.

Segundo o documento, os fundos dos eurobonds estão a ser utilizados para despesas orçamentai­s, com especial destaque para o financiame­nto de projectos estruturan­tes e de impacto inscritos no Programa de Investimen­tos Públicos (PIP) do Orçamento Geral do Estado, com ênfase para as infra-estruturas de apoio à diversific­ação da actividade produtiva.

A nota distribuíd­a à imprensa destaca o galardão atribuído a “Operação Palanca 2” como bem sucedida cumprindo com as normas internacio­nais estabeleci­das.

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