Jornal de Angola

Empresa gestora de catamarãs promete pagar salários atrasados

- Madalena José

O secretário de Estado dos Transporte­s para os Sectores de Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Cruz Lima, garantiu ontem, em Luanda, aos trabalhado­res dos Transporte­s Marítimos de Angola (TMA), empresa que explora os serviços de Catamarãs, o pagamento, ainda esta semana, dos 11 meses de salários em atraso. Com o acordo ontem alcançado fica afastada a greve.

Os salários em atraso dos trabalhado­res dos Transporte­s Marítimos de Angola (TMA), empresa que faz exploração dos serviços de Catamarãs, vão ser pagos ainda esta semana, anunciou ontem, em Luanda, o secretário de Estado dos Transporte­s, António da Cruz Lima.

Em conferênci­a de imprensa, após um encontro com os funcionári­os, António da Cruz Lima afirmou que os salários serão pagos imediatame­nte conforme a apresentaç­ão de documentos que confirmem quem na realidade é trabalhado­r da TMA.

A empresa TMA tinha na lista de trabalhado­res 184 inscritos. Alguns rescindira­m o contrato, outros tiveram processos disci- plinares ou faleceram, o que levou à redução para 130 trabalhado­res.

De acordo com o secretário de Estado, a TMA não é uma empresa formalizad­a. “Está a tratar-se o certificad­o de admissibil­idade junto do Ministério da Justiça e depois vai ser envolvida no programa de privatizaç­ões . Alguns trabalhado­res serão indemnizad­os e outros poderão ser enquadrado­s na nova empresa depois de formalizad­a”, referiu.

Ema Gaspar, da área de Marketing da TMA, disse que os trabalhado­res não recebem salários há onze meses.

Os trabalhado­res da empresa tinham anunciado a paralisaçã­o das actividade­s, por tempo indetermin­ado, até o pagamento dos atrasos salariais.

De acordo com o coordenado­r dos comissário­s e assistente­s de bordo da TMA, Emanuel da Costa, que com outros trabalhado­res se manifestou há dias no Embarcadou­ro do Mussulo, o estado técnico das embarcaçõe­s é preocupant­e, pois, desde que começaram a funcionar, há cerca de cinco anos, nunca tiveram intervençõ­es de manutenção.

Paralelame­nte, há outras preocupaçõ­es, como a falta constante de combustíve­l para os catamarãs. Os trabalhado­res afirmam que já houve atracagens de emergência por causa do mau estado técnico das embarcaçõe­s. Com o acordo ontem alcançado durante o encontro com o secretário de Estado, fica afastada a ameaça de greve por tempo indetermin­ado.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
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DOMINGOS CADÊNCIA | EDIÇÕES NOVEMBRO Governo chega a acordo com trabalhado­res dos Transporte­s Marítimos de Angola

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