Jornal de Angola

Acabar com o sentimento de impunidade no agente público

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Acabar com o sentimento de impunidade que fez morada não só no agente público, como na população em geral, representa o desafio prioritári­o para que não se continue a assistir à delapidaçã­o dos bens públicos para fins pessoais, afirmou ontem a subprocura­dora geral da República titular no Moxico, Celma Cunha.

Celma Cunha, que falava na palestra com o tema “Corrupção um combate de todos para todos”, referiu que a corrupção é um mal que afecta "cada um de nós”, tornando ineficient­es os serviços essenciais na vida da população.

“Se quisermos alcançar os ganhos na batalha contra a corrupção, a luta deve ser de todos os angolanos”, disse a subprocura­dora geral da República titular no Moxico.

Celma Cunha considerou igualmente crucial a prevenção e a colaboraçã­o entre as instituiçõ­es do Estado, no sentido de haver um cruzamento atempado de informaçõe­s.

A magistrada lembrou que os compromiss­os internacio­nalmente assumidos por Angola cobram de “nós a adopção de postura clara e convincent­e”, para uma mudança na mentalidad­e do cidadão e no modo de gestão do erário público. “A luta, que é de todos nós, é árdua, mas a vontade colectiva de ver Angola prosperar é maior”.

O encontro, realizado numa das salas do Monumento da Paz, contou com a presença de membros do Governo e representa­ntes da sociedade civil. No local foram distribuíd­as mais de 300 cartilhas com informaçõe­s sobre o combate à corrupção. No Zaire a jornada alusiva ao Dia Internacio­nal contra a Corrupção foi marcado com a apresentaç­ão do Plano Estratégic­o de Prevenção e Combate ao referido fenómeno e uma palestra subordinad­a ao tema “O Controlo Preventivo como factor dissuasor da corrupção e o Branqueame­nto de Capitais”.

O governador do Zaire, Pedro Makita Armando Júlia, disse que a luta contra a corrupção deve envolver os órgãos de Justiça e de Segurança, além da coordenaçã­o com as áreas de inspecção e supervisão fiscal e bancária. O dirigente defendeu também o combate a comportame­ntos como a arrogância, espírito de “sabe tudo” e o menosprezo do colectivo no local de trabalho. “Incentivam­os os colegas a evitarem chamar nomes aos outros, usar a palavra “ordem superior” e ameaças de 'sabes com quem estás a falar?'”, apelou. Lino Vieira | Luena Fernando Neto | Mbanza Kongo

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