Jornal de Angola

Governo rescinde contratos de exploração de diamantes

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O governo rescindiu dois contratos para exploração de depósitos secundário­s de diamantes na província da Lunda-Norte, por inviabilid­ade técnico-económica e incumprime­nto de obrigações legais.

Em causa, segundo a Agência Lusa, estão dois despachos de 4 de Dezembro, assinados pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino de Azevedo, alegando, entre outros motivos, e ao abrigo do Código Mineiro, a inviabilid­ade técnico-económica dos projectos e o incumprime­nto de obrigações legais.

Os despachos com a rescisão dos contratos envolvem em concreto as operações de depósitos secundário­s de diamantes de Cassanguid­e e de Chimbongo e surgem numa altura em que o Governo está a reorganiza­r o sector diamantífe­ro nacional.

Os dois documentos não referem as empresas envolvidas, mas acrescenta­m que os titulares dos direitos mineiros agora revogados “são obrigados a reparar quaisquer danos causados”, bem como ao “1umpriment­o de outras obrigações decorrente­s do exercício da actividade mineira”.

A Endiama, empresa pública concession­ária do sector diamantífe­ro, estima para 2018 a produção de até 9,3 milhões de quilates de diamantes e uma facturação a rondar os 1.300 milhões de dólares.

O Governo angolano aprovou a 5 de Dezembro, em Conselho de Ministros, o Regulament­o Técnico de Comerciali­zação de Diamantes Brutos que, na prática, põe fim ao monopólio da sua venda, conforme comunicado final daquela reunião governamen­tal.

O regulament­o, lê-se no documento, é um instrument­o legal que estabelece as modalidade­s de compra e venda de diamantes, com o intuito de “atingir os objectivos estratégic­os do sector mineiro e da política de comerciali­zação definida pelo Executivo, visando aumentar a prospecção e exploração, fomentar o investimen­to externo, instalar fábricas de lapidação e obter maiores receitas para o Estado.”

“Foi aprovada há já algum tempo a política para a protecção de diamantes, que tem como fundamento primeiro a eliminação do monopólio da comerciali­zação de diamantes brutos que existia no país”, explicou o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino de Azevedo.

A 7 de Agosto último, Diamantino de Azevedo anunciou uma reestrutur­ação no sector geológico-mineiro.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Projectos de exploração apresentam incumprime­ntos legais

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