Atirador de Estrasburgo foi expulso da Alemanha
Polícia francesa mobilizou mais de 600 agentes para capturar o autor do ataque contra um mercado de Natal
O suposto atirador de Estrasburgo, que matou três pessoas e feriu 13 num ataque realizado terça-feira contra um mercado de Natal da cidade, cumpriu penas de prisão por crimes comuns na Alemanha, de onde foi expulso para França em 2017, informou ontem a revista alemã “Der Spiegel”.
De acordo com a revista, o atirador, que identifica como Chérif C., tinha antecedentes penais tanto na Alemanha como na Suíça e na França, seu país natal, embora aparentemente por crimes comuns tais como roubos.
Na França tinha sido condenado a uma pena de dois anos de prisão, em 2008, à qual se seguiu outra sentença a um ano e meio de prisão na Suíça e depois outra de dois anos e três meses na Alemanha, por roubo numa consulta médica e numa farmácia.
Após cumprir a condenação na Alemanha, foi expulso para a França, em 27 de Fevereiro de 2017, acrescentou a revista, segundo a qual as autoridades francesas tinham emitido uma ordem internacional de detenção. Segundo a “Der Spiegel”, Chérif C. não constava nos arquivos policiais alemães como suposto radical perigoso, mas unicamente relacionado com crimes comuns.
A Polícia alemã intensificou os controlos em vários pontos fronteiriços com a França após o atentado de terça-feira contra um mercado de Natal de Estrasburgo e cujo autor continuava foragido das autoridades.
Mais de 600 polícias foram mobilizados para encontrar o homem que “espalhou o terror”, de acordo com o ministro do Interior, Christophe Castaner, ao abrir fogo contra a multidão às 20h00 locais em pleno centro de Estrasburgo.
O suspeito foi ferido por militares da Operação Sentinela, que patrulham todo o território francês diante da ameaça terrorista, mas conseguiu escapar das forças de segurança.
Testemunhas do ataque ouviram no momento em que ele gritou “Alá é grande” em árabe, segundo o procurador responsável pela investigação. De acordo com uma foto de identidade, à qual a agência AFP teve acesso, o suspeito tem olhos e cabelos escuros, sobrancelhas grossas e barba curta.
Agentes do serviço de Inteligência francês o procuraram por ele na terça-feira no seu apartamento, mas encontraram apenas uma granada e uma pistola.
Embora a motivação exacta não tenha sido determinada, a Procuradoria francesa considera que há provas suficientes para iniciar uma investigação por “assassinatos e tentativas de assassinatos relacionadas com um projecto terrorista”.
O atirador, identificado como Chérif C., tinha antecedentes penais tanto na Suíça e na França, seu país natal, embora aparentemente por crimes comuns, tais como roubos