Governo reforça acções de combate às ravinas
Na província do Bié estão catalogadas 42 ravinas de pequenas, médias e grandes proporções, que ameaçam destruir várias infra-estruturas de impacto social, segundo o director do Gabinete Técnico e Infra-estruturas do Governo Provincial, Abel Guerra, que garantiu que já foram tomadas algumas medidas.
“Temos como exemplo a eliminação, por completo, de uma ravina que existia no espaço entre as bombas de combustível da Pumangol e a Shoprite, graças a um esforço do governo provincial”, afirmou Abel Guerra, acrescentando que agora a referida zona é segura para se circular.
Ainda de acordo com o director do Gabinete Técnico e Infra-estruturas, outra ravina, no bairro do Cangawé, de grande proporção, situada na parte este da avenida Sagrada Esperança, ameaça destruir várias residências, o que fez com que o governo provincial elaborasse um programa de construção de 500 casas, onde foram encaminhadas 150 famílias, numa zona segura. “Nesta mesma ravina foram feitas algumas intervenções parciais, com realce no principal ponto de entrada de águas pluviais, de maneira a quebrar a velocidade hidráulica e evitar a sua progressão”, afirmou Abel Guerra.
A nossa reportagem constatou recentemente que as 200 casas construídas no município do Cunhinga, dentro do programa de combate à fome e à pobreza, estão em perigo de desabamento, devido ao surgimento de uma ravina. Abel Guerra garantiu que, no âmbito da reabilitação da estrada entre o Cuito e o Andulo, está planificada uma intervenção de combate às ravinas.
“Existem outras ravinas, nas quais o governo provincial promove medidas rápidas, que passam pela plantação de árvores e colocação de obstáculos, no sentido de evitar a sua propagação e colocar em risco a vida da população”, afirmou.
O director do Gabinete Técnico e Infra-estruturas do Governo do Bié afirmou que os investimentos no combate às ravinas são elevadíssimos e a província não tem capacidade de resposta total.
“São investimentos muito grandes e estão aquém do orçamento do governo da província, por isso há que se fazer um esforço conjugado entre o governo local e o Ministério da Construção, que tem uma área específica para o efeito”, concluiu.