Jornal de Angola

Governo reforça acções de combate às ravinas

- Mário de Carvalho | Cuito

Na província do Bié estão catalogada­s 42 ravinas de pequenas, médias e grandes proporções, que ameaçam destruir várias infra-estruturas de impacto social, segundo o director do Gabinete Técnico e Infra-estruturas do Governo Provincial, Abel Guerra, que garantiu que já foram tomadas algumas medidas.

“Temos como exemplo a eliminação, por completo, de uma ravina que existia no espaço entre as bombas de combustíve­l da Pumangol e a Shoprite, graças a um esforço do governo provincial”, afirmou Abel Guerra, acrescenta­ndo que agora a referida zona é segura para se circular.

Ainda de acordo com o director do Gabinete Técnico e Infra-estruturas, outra ravina, no bairro do Cangawé, de grande proporção, situada na parte este da avenida Sagrada Esperança, ameaça destruir várias residência­s, o que fez com que o governo provincial elaborasse um programa de construção de 500 casas, onde foram encaminhad­as 150 famílias, numa zona segura. “Nesta mesma ravina foram feitas algumas intervençõ­es parciais, com realce no principal ponto de entrada de águas pluviais, de maneira a quebrar a velocidade hidráulica e evitar a sua progressão”, afirmou Abel Guerra.

A nossa reportagem constatou recentemen­te que as 200 casas construída­s no município do Cunhinga, dentro do programa de combate à fome e à pobreza, estão em perigo de desabament­o, devido ao surgimento de uma ravina. Abel Guerra garantiu que, no âmbito da reabilitaç­ão da estrada entre o Cuito e o Andulo, está planificad­a uma intervençã­o de combate às ravinas.

“Existem outras ravinas, nas quais o governo provincial promove medidas rápidas, que passam pela plantação de árvores e colocação de obstáculos, no sentido de evitar a sua propagação e colocar em risco a vida da população”, afirmou.

O director do Gabinete Técnico e Infra-estruturas do Governo do Bié afirmou que os investimen­tos no combate às ravinas são elevadíssi­mos e a província não tem capacidade de resposta total.

“São investimen­tos muito grandes e estão aquém do orçamento do governo da província, por isso há que se fazer um esforço conjugado entre o governo local e o Ministério da Construção, que tem uma área específica para o efeito”, concluiu.

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EDSON FABRÍZIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ravinas ameaçam “engolir” várias residência­s em municípios

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