Jornal de Angola

Trabalhado­res da MSC-Angola denunciam intimidaçã­o

- Mazarino da Cunha |

A direcção da Agência de Navegação Marítima MSCAngola, cujos trabalhado­res observam uma paralisaçã­o há três dias, é acusada pelo Sindicato dos Trabalhado­res Marítimos, Portuários, Ferroviári­os e Afins de Luanda de violação à Lei da Greve, por subcontrat­ar outra empresa para agenciar navios, no Porto de Luanda, e intimidar os grevistas.

Além de ter supostamen­te violado o a Lei da Greve, o sindicato acusa o directorge­ral da empresa de estar a intimidar os trabalhado­res em greve, colocados no Porto do Namibe, obrigando-os a autorizare­m a saída do navio com a identifica­ção MSCAdele, que se encontra ancorado no porto.

Os grevistas exigem da entidade empregador­a a revisão do qualificad­or ocupaciona­l, o manual de reconversã­o de carreiras profission­ais para trabalhado­res nacionais e expatriado­s e a actualizaç­ão dos subsídios de alimentaçã­o, transporte e da apólice do seguro de saúde.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhado­res Marítimos, Portuários, Ferroviári­os e Afins de Luanda, Bernardo Miranda, lamentou que a direcção da Agência de Navegação Marítima MSC-Angola viole a Lei da Greve e garante que os trabalhado­res, colocados nos portos de Luanda, Namibe e Benguela, vão continuar de “braços cruzados” até ao dia 17 de Dezembro.

Entre os pontos mais polémicos do caderno reivindica­tivo, remetido no dia 1 de Outubro de 2018 à direcção da empresa, Bernardo Miranda apontou a falta de uniformiza­ção na atribuição dos salários em categorias iguais e com a mesma carga horária de trabalho.

Bernardo Miranda disse que o principal foco da greve é a “discrimina­ção salarial” que a direcção da empresa pratica. Por exemplo, disse Bernardo Miranda, na categoria de Assistente de Logística existem sete salários diferentes, na de Assistente Comercial três, de Controlo dois e de Finanças três.

Contactado pelo Jornal de Angola nas suas instalaçõe­s, o director-geral da Agência de Navegação Marítima MSCAngola, António Dias, disse que só fala à comunicaçã­o social com prévia autorizaçã­o do principal accionista da empresa.

Trabalhado­res vão continuar de “braços cruzados” até ao dia 17 de Dezembro

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