18 grupos de marginais foram desmantelados
Polícia Nacional recuperou 23 viaturas, das quais 13 em Luanda e cinco toneladas de acessórios de automóveis
Pelo menos 18 grupos de marginais foram desmantelados pela Polícia Nacional, em algumas províncias do país, durante os 30 dias da “Operação Resgate”.
De acordo com o portavoz da operação, comissário Orlando Bernardo, no mesmo período foram detidos 4.735 cidadãos, por alegado envolvimento na prática de crimes diversos.
A operação resultou ainda no encerramento de 1.208 mercados de rua, 1.735 estabelecimentos comerciais e 1.606 seitas religiosas ilegais.
Durante o período em referência, a Polícia Nacional recuperou 23 viaturas e cinco toneladas de acessórios de automóveis.
O comissário Orlando Bernardo, que apresentou o balanço da acção desenvolvida pelas forças da ordem, disse que das 23 viaturas recuperadas, 13 foram em Luanda, oito na Huíla, uma no Bengo e outra no Huambo.
Orlando Bernardo salientou que desde o início da “Operação Resgate”, a 6 de Novembro, registou-se uma redução de roubo de viaturas, valores monetários, telemóveis, assaltos em residências e na via pública, tendo sido recuperados mais de dois mil telemóveis.
Em Luanda, foram desactivados os mercados dos Correios, Alfa Cinco, Gajajeira, na Lunda-Sul as praças de rua de Candembe, Tchicomina e Catorze, tendo sido também suspensos, temporariamente, centenas de cantinas, oficinas, farmácias, padarias, restaurantes, hospedarias, que exerciam actividade de forma ilegal e outros por falta de higiene.
Agentes detidos
Um total de 17 elementos, entre polícias, fiscais e outros agentes envolvidos na “Operação Resgate”, foram detidos e encaminhados aos órgãos de Justiça, por tentativa de extorsão, conduta indecorosa e descaminho de bens dos cidadãos, revelou o comissário Orlando Bernardo.
O oficial comissário da Polícia Nacional revelou que destes elementos, cinco vão a julgamento por descaminho de bens, quatro por conduta indecorosa, três por embriaguês, quatro por negligência e um por ameaça.
Os casos foram denunciados pelos lesados junto da corporação e culminaram com a abertura de processos disciplinares.
Em relação à morte a tiro de uma adolescente de 13 anos, no bairro da Camama, protagonizado por um agente da Polícia Nacional, que se encontra detido, o comissário informou que o caso está a ser tratado pelas entidades judiciais.
Orlando Bernardo disse na ocasião que o agente implicado foi submetido a um processo criminal e disciplinar, por ser um crime de homicídio voluntário, ocorrido fora do âmbito da “Operação Resgate”.
Entretanto, 40 vendedores ambulantes foram julgados e condenados pelo Tribunal a penas de prisão, convertidas em multa, por desobediência às autoridades policiais.
No entender do comissário Orlando Bernardo, a “Operação Resgate” tem decorrido como planificado, ressaltando que alguns cidadãos insistem em vender em lugares impróprios, cometendo transgressões administrativas.
Nos últimos 30 dias, a “Operação Resgate” permitiu diminuir a venda de material escolar, produtos farmacêuticos contrafeitos, bem como a redução dos focos de vandalização de condutas e venda ilegal de água.
A “Operação Resgate” permitiu ainda a mobilização dos órgãos e serviços públicos para emissão célere e massiva de bilhetes de identidade, alvarás comerciais, licenças de táxi, cartões de vendedor ambulante, feirante e de comércio precário.
O agente da Polícia que matou a tiro a adolescente de 13 anos, na Camama, está detido e já foi submetido a um processo criminal, por prática de homicídio voluntário