Estratégia dos Petróleos prevê licitação de blocos
Objectivo é aumentar ou manter a média de produção nos níveis actuais, de 1,4 milhões de barris por dia
O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos remete à aprovação do Conselho de Ministros, ainda este mês, um plano estratégico de exploração e licitação de novos blocos petrolíferos para o período de 2019/2022, tendo em vista a descoberta de reservas para o aumento da produção, em harmonia com o Plano de Desenvolvimento Nacional para o referido período, aprovado este ano.
A informação foi prestada ontem à imprensa pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, à margem do II Conselho Consultivo do sector, realizado na cidade do Soyo, província do Zaire.
O objectivo, de acordo com o ministro, é aumentar ou manter a média de produção diária aos níveis actuais, 1,49 milhões de barris diários.
“Estamos a finalizar a estratégia de exploração e licitação de novos blocos de petróleo para o período 2019/2022, que vai ser submetida ainda este ano à aprovação superior para, no próximo ano, fazer as primeiras licitações”, disse.
A estratégia, apontou Diamantino Azevedo, passa pela prospecção de novas reservas petrolíferas, tendo em conta que a maior parte dos campos em uso se encontra em estágio de maturação.
“Se não fizermos trabalhos de prospecção e encontrar novas reservas, não conseguiremos manter os níveis actuais de produção”, admitiu, sublinhando tratar-se de um desiderato do Governo, independentemente das posições da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
“Somos membros da OPEP e participamos na tomada de decisões da OPEP, mas, independente disso, temos que trabalhar na perspectiva de encontrar novos poços de petróleo para mantermos a produção desejada, em função dos objectivos estabelecidos pelo Governo”, disse o ministro.
Em relação ao sector mineiro, adiantou, o Ministério vai continuar com o processo de prospecção para descoberta de novos depósitos e para a melhoria dos conhecimentos sobre os depósitos existentes.
Diamantino Azevedo disse que o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos tem vindo a incentivar as empresas privadas para aderirem à exploração e transformação de rochas ornamentais, sobretudo o calcário.
No âmbito da formação de quadros, revelou, o ministério está a trabalhar para a melhoria das escolas do sector, para a especialização do pessoal angolano.
“A nível de formação de quadros, continuamos a trabalhar na melhoria das instituições que existem no país e a trabalhar no plano de finalização de uma instituição de ensino superior muito especializada para a actividade petrolífera e mineira no país”, garantiu.