Apontadas empresas para reestruturação
O presidente do Conselho
de Administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) - o concessionário do sector - confirmou ontem, no Soyo, a revogação dos direitos mineiros e a reestruturação de sete participadas.
Ganga Júnior apontou, ao falar, no Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais Petróleos, entre as sociedades diamantíferas que entram em reestruturação, as ligadas aos projectos Camafuta Camazambi, Sangamina e a Chire, que operam fontes primárias de kimbertlitos.
O gestor acrescentou que operadores de fontes aluvionares também são reestruturados no quadro dessa decisão, sendo submetidos a um processo de identificação de parceiros com melhores capacidades para concretizar os projectos de implantação.
No decurso da reestruturação, a Endiama Mining - uma participada do grupo estatal - vai manter os trabalhadores das empresas envolvidas, para que tenham “uma passagem normal para os novos projectos”.
Ganga Júnior reafirmou previsões que apontam para um crescimento da produção diamantífera de 9,5 milhões de quilates, este ano, para 14 milhões por ano em 2022, com as receitas a passarem de 1,4 mil milhões de dólares, para 2,4 mil milhões por ano.
Considerou “bons” os resultados da operação transparência no sector dos diamantes, anunciando medidas complementares para estruturar a exploração informal com base na organização de todas as entidades com projectos de pequena e média escala, transformando-as em unidades industriais com responsabilidades legais.