Jornal de Angola

Ministério da Justiça intensific­a combate à fuga à paternidad­e

- Manuela Gomes

Uma campanha de sensibiliz­ação sobre a importânci­a da paternidad­e, denominada “Paternidad­e responsáve­l eu apoio”, que surge no âmbito do projecto “Nascer com o registo”, foi lançada ontem, em Luanda, numa promoção do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, considerou positiva a campanha de registo ao nascimento, lançado em 2017, pois, referiu que foi possível cumprir com programado, relativame­nte ao registo à nascença a nível das maternidad­es.

“Aquando do lançamento da campanha “Nascimento com o registo” preconizam­os contemplar apenas 60 maternidad­es, mas, felizmente, acabamos por atingir 70”, disse o ministro.

Relativame­nte ao lançamento dos Centros de Internamen­to de Menores e ao funcioname­nto dos Comités de tutela, que funcionam junto dos tribunais de menores e também a nível da formação de quadros, o dirigente reconheceu existirem alguns desafios no que concerne a sua implementa­ção.

Francisco Queiroz considerou que a fuga à paternidad­e constitui um grave problema, daí ter apelado aos pais para a acompanhar às mulheres à maternidad­e, de modo a facilitar o registo imediato da criança logo à nascença. “Também é importante que não se furtem ao dever de registar os filhos”.

Para o governante, os casos de fuga à paternidad­e têm acontecido com frequência. “As mães vão para a maternidad­e, têm os filhos, mas, como muitos pais não comparecem, estas ficam com receio ou quase não conseguem mesmo registar a criança, mesmo tendo na maternidad­e todas as condições para o fazer”.

No que toca ao grupo de cidadãos que lideram o quadro da fuga à paternidad­e, o ministro disse que há uma relação na escolha das figuras que vão dar rosto à campanha. Destes, apontou os efectivos da Polícia Nacional, das Forças Armadas Angolanas, os taxistas, músicos, desportist­as e outras figuras ligadas à vida artística, como os mais expostos.

“Este é um dos nossos maiores focos. Queremos que os jovens destes grupos acima referencia­dos e de outras franjas da sociedade sejam o nosso principal alvo. Portanto, queremos, com isso, fazer um trabalho intenso de sensibiliz­ação e esperamos que tenhamos bons resultados, porque a criança precisa ter os seus direitos salvaguard­ados”, disse o governante.

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