Os maus exemplos
Luanda, onde o incentivo à impunidade é uma constante, num manifesto desrespeito às intenções do Governo, precisa de alguém, a nível municipal, distrital e provincial, que olhe para ela com os olhos do coração.
Por mais iniciativas que se anunciem, tenham elas os nomes que lhes derem, nada muda, jamais pode mudar, enquanto se mantiver a mentalidade daqueles a quem foi entregue em mãos as rédeas da capital do país e do resto da província de Luanda. Ou, em alternativa, substituí-los por quem seja capaz de “pôr ordem na feira”. E, por isso, pelas atitudes, muito mais do que por palavras, seja exemplo a seguir pelo cidadão comum.
Até lá, o incentivo ao lucro fácil, a qualquer preço, permanece - e háde aumentar - numa ponta a outra da província, emprestando-lhe o aspecto indecoroso que tem, mas não espelha, de forma alguma, o comportamento da esmagadora maioria do povo angolano, que não regateia esforços para ter uma vida digna.
A facilidade com que as kinguilas continuam a enxamear a via pública no negócio ilegal de divisas e os ardinas alteram preços de capa de várias publicações são apenas dois exemplos claríssimos de haver quem esteja interessado na manutenção da anarquia reinante em Luanda. E por isso a estimula.