CAF pondera levar a disputa da competição para a Europa
Uma situação insólita está a assolar a Confederação Africana de Futebol (CAF). Nenhum país quer organizar a edição de 2019 do Campeonato das Nações Africanas (CAN), que se disputa entre 15 de Junho e 13 de Julho.
A competição estava inicialmente agendada para se realizar nos Camarões, mas a CAF considera não estarem reunidas as condições de segurança devido aos conflitos armados com o Boko Haram e com um grupo separatista da Ambazonia, região do sul do país.
Após esta decisão, o organismo responsável pelo futebol no continente africano decidiu abrir uma nova fase de candidaturas, com o vencedor a ser anunciado nos primeiros dias de Janeiro. Surgiram rumores que Marrocos ia avançar para a organização, no entanto, a situação foi desmentida pelo seu ministro do desporto, Rachid Talbi Alami.
Este facto deixou a CAF sem propostas para organizar o CAN. Algo que, escreve a imprensa marroquina, leva os responsáveis africanos a ponderar uma opção semelhante à tomada pela CONMEBOL com a Taça Libertadores: organizar o torneio num país europeu.
No entanto, nos corredores da CAF no Cairo circulam informações que dão como certas as candidaturas de Egipto e Ghana que já fizeram a entrega dos cadernos de encargos ao órgão reitor da modalidade no continente.
O secretário-geral da Federação Angolana de Futebol (FAF), Rui Costa, abordado pelo Jornal de Angola, sobre a hipótese de a competição ser disputada na Europa, disse apenas que “seria um absurdo. Não creio e não há nada disso. Pelo que sei a CAF vai indicar o país organizador no dia cinco de Janeiro”.
Recorde-se que já existem 14 equipas qualificadas para este torneio: Madagáscar, Tunísia, Egipto, Senegal, Marrocos, Nigéria, Uganda, Mali, Guiné, Argélia, Mauritânia, Costa do Marfim, Quénia e Ghana.