EUA deixam de financiar missões da ONU em África
Os Estados Unidos vão deixar de contribuir financeiramente para missões de paz das Na-ções Unidas no continente africano, por as considerar improdutivas, segundo a nova estratégia da Administração do Presidente Donald Trump.
A estratégia foi apresentada pelo conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, que disse que os Estados Unidos “não vão fornecer mais assistência indiscriminada por todo o continente africano sem foco ou priorização”.
“Não vamos continuar a apoiar missões de paz da ONU improdutivas, infrutíferas e inexplicáveis”, afirmou John Bolton, no discurso de apresentação da nova estratégia para África, na Heritage Foundation, em Washington.
A nova estratégia da Casa Branca baseia-se em três objectivos: apostar nas relações comerciais directas com países africanos, impedir as ameaças terroristas e conflitos violentos no continente e deixar de contribuir para missões de paz da Organização das Nações Unidas que se têm mostrado ineficazes. John Bolton declarou que o objectivo é garantir que os impostos norte-americanos para ajuda internacional sejam usados “de forma eficiente e eficaz” e que, desta forma, será dada prioridade aos interesses nacionais.
Os fundos norte-americanos vão ser aplicados em “países-chave” e objectivos estratégicos particulares dos Estados Unidos, apoiando o direito de autodeterminação e independência dos países africanos, declarou o conselheiro de Segurança Nacional.
As relações comerciais entre as regiões serão redefinidas por um benefício para os países africanos, na salvaguarda da independência e suficiência económica, e vão significar novas oportunidades para negócios originários dos Estados Unidos e trabalhadores norte-americanos, disse John Bolton.
Em causa estão, sobretudo, as missões de paz em Abyei e Darfur (Sudão), no Mali, na República Centro Africana, na República Democrática do Congo, no Saara Ocidental, na Somália e no Sudão do Sul.