Luanda sem provincial sénior há cinco anos
A província de Luanda, maior celeiro do futebol do país, não realiza há cinco anos o campeonato provincial sénior da modalidade por falta de clubes. A maioria das equipas aboliram o futebol neste escalão, porque não tinham como suportar os encargos, por força das dificuldades financeiras. No passado, Luanda tinha112 equipas e competiam com regularidade nas competições sob a égide da Associação Provincial de Futebol de Luanda (APFL).
Parte destes clubes estavam vinculados às empresas estatais e privadas, designadamente Ferroviário, Rodoviário, Sociborda, Paviterra, Sécil Marítima, Edel, Cuca e Nocal. Os problemas financeiros por que passam muitas empresas, contribuiu para o desaparecimento dos clubes. Daí a razão dá não realização do campeonato provincial sénior de futebol de Luanda.
Em declarações ao Jornal de
Angola, Manuel Caleia, presidente da mesa da Assembleia Geral dos Polivalentes de Luanda, considerou que a situação é bastante preocupante, mas que a solução passa pelo apoio aos fazedores do desporto. “O Governo de Luanda não ajuda as equipas, ao contrário das restantes províncias do país. Muitos dos clubes foram forçados a acabar com o futebol sénior”, disse, acrescentando que os clubes não tinham condições financeiras e apoios institucionais, para suportar as despesas com as arbitragens e campos. À semelhança das descentralizações administrativas, Manuel Caleia defende que o mesmo método tem de ser adoptado no desporto." Se haver descentralização no desporto, estou convencido de que os problemas nos clubes vão acabar. Sem dinheiro é impossível fazer desporto. Se não mudar a política, vamos continuar a assistir os mesmos problemas de sempre. Nós estamos a pensar seriamente acabar com o futebol nos escalões de formação. O Governo de Luanda está relaxado, pelo facto do 1º de Agosto, Petro de Luanda, Interclube, ASA, Progresso Sambizanga e Kabuscorp do Palanca, estarem no Girabola", adiantou o dirigente desportivo.
“O Governo de Luanda não ajuda as equipas, ao contrário das restantes províncias do país. Muitos dos clubes foram forçados a acabar com o futebol sénior”