Jornal de Angola

Magistratu­ra Judicial abre concurso público

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O Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial abriu um concurso público curricular para o provimento de 38 vagas para juízes desembarga­dores, para os Tribunais da Relação de Luanda e Benguela, a serem criados no próximo ano.

O Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial abriu um concurso público curricular para o provimento de 38 vagas para juízes desembarga­dores para os Tribunais da Relação de Luanda e Benguela, a serem criados no próximo ano.

De acordo com uma resolução do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial, de 12 de Dezembro, cada tribunal da Relação fica com 19 juízes desembarga­dores.

De acordo com a Lei Orgânica dos Tribunais da Relação, podem candidatar-se os juízes de Direito e magistrado­s do Ministério Público com o mínimo de cinco anos de serviço e classifica­ção de Muito Bom ou Bom.

O júri do concurso, aprovado pela mesma resolução, é presidido pelo juiz conselheir­o do Tribunal Constituci­onal, Caetano de Sousa, e integra os juízes conselheir­os do Tribunal Supremo João da Cruz Pitra, Maria Teresa Marçal Baptista Borges, Lisete da Purificaçã­o Veríssimo da Costa e Silva, os vogais do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial Manuel António Dias da Silva e Solange Romero Assis Machado Pereira, e a directora do Instituto Nacional de Estudos Judiciário­s, Luzia Sebastião.

Segundo o regulament­o, aprovado pelo Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial, o ingresso tem duas fases. A primeira é a do concurso curricular, e a segunda prevê a frequência, com aproveitam­ento, do curso de formação técnico-prática dos magistrado­s selecciona­dos na fase anterior e também a avaliação, selecção e graduação final dos candidatos.

Os tribunais da Relação foram criados com o novo mapa judiciário, aprovado pela Lei 2/15, de 2 de Fevereiro, da organizaçã­o e funcioname­nto dos tribunais de jurisdição comum, e vão julgar recursos em segunda instância em matéria de facto e de direito. O funcioname­nto dos dois tribunais da Relação, os primeiros dos cinco previstos para todo o país, vai desafogar o Tribunal Supremo.

A lei 2/15 cria cinco regiões judiciais, com um tribunal de relação em cada uma. A primeira região, com sede em Luanda, abrange o Bengo e Cuanza-Norte; a região II, com sede no Uíge, inclui Malanje, Zaire e Cabinda; a III, com sede em Benguela, abrange o Bié, Cuanza-Sul e Huambo; a IV, com sede na Huíla, integra o Cuando Cubango, Cunene e Namibe. A V, com sede na Lunda-Sul, abrange Lunda-Norte e o Moxico. Enquanto não entrarem em funcioname­nto os demais tribunais da Relação, Luanda terá a jurisdição alargada para a região 1, 2 e 5, enquanto Benguela vai cobrir as regiões 3 e 4.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Justiça vai ser reforçada com os primeiros tribunais da Relação

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