Jornal de Angola

Deixar a terra natal em busca de segurança

As Nações Unidas proclamara­m em 2000, em Assembleia Geral, o 18 de Dezembro como o Dia Internacio­nal do Migrante. O fenómeno migratório, em todos os aspectos, tornou-se um tema relevante na pauta de qualquer campanha eleitoral no mundo

- Osvaldo Gonçalves

De acordo com as Nações Unidas, o número de migrantes conhece um cresciment­o significat­ivo nos últimos anos. Registam-se deslocamen­tos humanos em massa. Em 2015, eram 244 milhões, 41 por cento mais do que no ano 2000

Os números não passam disso mesmo. De cifras. Muitas vezes são apenas estimativa­s, o que pode deixar o leitor, já de si preocupado com o arroz com peixe frito para o almoço de amanhã, insensível ao facto de haver no Mundo cerca de 250 milhões de migrantes, pessoas que deixam os seus países pelas mais diversas razões.

Hoje, assinala-se o Dia Internacio­nal do Migrante. De acordo com as Nações Unidas, o número de migrantes conhece um cresciment­o significat­ivo nos últimos anos. Registam-se deslocamen­tos humanos em massa. Em 2015, eram 244 milhões, 41 por cento mais do que no ano 2000. Um relatório do Departamen­to de Assuntos Económicos da ONU, publicado em Junho último, informa que dezenas de milhões dessas pessoas são refugiadas, a maioria delas procura refúgio nos países limítrofes, onde nem sempre são bem recebidas.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) acrescenta que, “a cada três segundos, uma pessoa vira um refugiado”. O organismo alerta para o cresciment­o dos casos de conflito, violência e perseguiçã­o. De acordo com a ONU, o número de refugiados, incluindo os “desplazado­s” (deslocados) pela violência interna, foi de 68,5 milhões em 2017, altura em que a crise humanitári­a atingiu os níveis mais graves desde a fundação da ONU, em 1045.

As Nações Unidas proclamara­m em 2000, em Assembleia Geral, o 18 de Dezembro como o Dia Internacio­nal do Migrante. Nessa data, 10 anos antes, tinha sido adoptada a Convenção Internacio­nal para Protecção dos Direitos de Todos os Trabalhado­res Migrantes e dos Membros das suas Famílias. A ONU faz notar que, hoje, o fenómeno migratório, em todos os aspectos, tornou-se um tema relevante na pauta de qualquer campanha eleitoral em todo o mundo, constituin­do mesmo o assunto principal dos debates, com influência nos resultados finais.

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