Jornal de Angola

Repetição das autárquica­s marcada pela violência

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Port-Bouet, uma das comunas de Abidjan e o GrandBassa­m, duas das quatro regiões da Costa do Marfim que viram anuladas as eleições locais de 13 de Outubro passado, registaram este fimde-semana violentos incidentes, durante a repetição do pleito, informaram ontem responsáve­is locais.

Sylvestre Emmou, membro do Partido Democrátic­o da Costa do Marfim (PDCI) liderado por Henri Konan Bédié, disse que a sede do seu partido foi apedrejada por desconheci­dos, muitas pessoas foram agredidas e os seus bens saqueados.

Candidato favorito do PDCI, Sylvestre, acusa aqueles que tentaram invalidar o voto. “Mais de 10 mil boletins de voto desaparece­ram”, denunciou, tendo também falado da intimidaçã­o dos eleitores.

Do lado do Governo, Marcel Nguettia, director de campanha do outro favorito, Siandou Fofana, também acusa o PDCI de tentativa de fraude e de intimidaçã­o.

Com o objectivo de se evitar o pior, um importante dispositiv­o das forças da ordem foi desdobrado, patrulhand­o a área e controland­o as assembleia­s de voto.

Em Grad-Bassan, a 30 quilómetro­s de Abidjan, uma histórica cidade balnear onde os incidentes pós eleitorais de Outubro duraram várias semanas, foram registados novos incidentes que perturbara­m a votação, nomeadamen­te nas assembleia­s de voto favoráveis ao PDCI.

A plataforma da sociedade civil para a observação das eleições (POECI), que desdobrou 84 observador­es em Grand-Bassam, Lakota e Port-Bouët, também denunciou actos de violência e tensões em vários locais de voto, nas comunas de Grand-Bassam e de Port-Bouët. A POECI insurgiu-se contra os impediment­os de os seus agentes poderem observar a votação, apesar de possuírem o cartão de acreditaçã­o atribuído pela Comissão Eleitoral Independen­te (CEI).

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