Jornal de Angola

Reformas nos petróleos são apoiadas pela OPEP

- Victorino Joaquim e Ana Paulo

O secretário-geral da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo, manifestou ontem, em Luanda, apoio às reformas que ocorrem no sector angolano dos hidrocarbo­netos, consideran­do-as “acertadas” para os actuais desafios.

“O processo de reformas é um instrument­o certo para responder aos desafios e, nós, ao nível da OPEP, aprovamos e apoiamos a implementa­ção deste processo”, declarou o líder do cartel no final de um encontro com o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo.

No encontro, Mohammad Barkindo, de nacionalid­ade nigeriana, foi informado que, desde 2017, altura em que o Presidente João Lourenço chegou ao Governo, iniciaram-se reformas no sector petrolífer­o, entre as que se incluem cinco novas leis projectada­s para a atracção de investimen­tos. As acções preconizam a reestrutur­ação da Sonangol - que deixou de exercer o papel de concession­ária para focar-se apenas no “core business” - e a privatizaç­ão de grande parte das suas participad­as. O secretário-geral da OPEP considerou que a dinâmica imposta pela nova legislação tem potencial para acelerar o ritmo das reformas.

Mohammad Barkindo reconheceu que o país tem um enorme potencial na produção de petróleo e gás, pelo que, fruto da estratégia da OPEP para estabiliza­r os preços do crude no mercado internacio­nal, Angola reduz a extracção em 29 mil barris por dia.

Os preços do petróleo, considerou, são uma questão “muito sensível”. A OPEP, prosseguiu, concentra-se mais nos fundamento­s da procura e da oferta, a manter a estabilida­de e a defender “o que é bom” para produtores e consumidor­es mas, “em última instância, é o mercado a decidir sobre o preço”.

Num outro encontro, o presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol anunciou ao secretário-geral da OPEP que, além dos esforços para estabiliza­r a produção à volta de 1,5 milhões de barris por dia, a companhia pode obter um aumento, dado pela combinação de novas descoberta­s e acordos assinados com importante­s grupos mundiais da indústria petrolífer­a.

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ANGOP Ministro dos Petróleos (esquerda) com Mohammad Barkindo

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