Americanos exortados a abandonar o país
A Embaixada dos Estados Unidos na República Democrática do Congo (RDC) exortou os seus cidadãos residentes naquele país a aproveitarem os voos comerciais para abandonarem o país, dias depois de ter ordenado ao pessoal “não essencial” da sua embaixada e às suas famílias que também saíssem do país.
Os Estados Unidos dizem “suspeitar” que as eleições do próximo dia 23 podem resultar em grandes manifestações e indicam que a sua capacidade de fornecer apoio de urgência aos cidadãos norte-americanos na RDC é extremamente limitada, particularmente fora de Kinshasa.
Na passada quarta-feira, o Reino Unido também já tinha apelado aos seus cidadãos que abandonassem a RDC antes do dia 17 (ontem).
Os EUA e a União Europeia sancionaram 16 individualidades militares e civis do actual Governo congolês, que acusam de obstruir o processo eleitoral e de reprimir as manifestações pacíficas. Como aparente retaliação, as autoridades congolesas excluíram-nos da lista de observadores das próximas eleições.
Internamente, Martin Fayulu, candidato da plataforma LAMUKA (Acorda) aceitou ir às eleições, presidencial e legislativa, com a utilização do sistema de voto electrónico.
Numa declaração publicada domingo, o seu director de campanha, Pierre Lumbi Olongo, disse que o LAMUKA vai alinhar oficialmente com a posição da Conferência Nacional Episcopal do Congo (CENCO), no que tange à máquina de votar. Nos últimos meses, o LAMUKA opôs-se veementemente à utilização das máquinas de votar, temendo fraude.