Jornal de Angola

Aumento salarial permitiu recuperar poder de compra

Ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social disse que a nova tabela salarial foi uma medida para acabar com as assimetria­s salariais e promover o equilíbrio

- Edivaldo Cristóvão e Manuel Fontoura | Ndalatando

A revisão da tabela indiciária que resultou no aumento do salário da Função Pública no mês de Janeiro permitiu a recuperaçã­o significat­iva da perda do poder de compra dos funcionári­os públicos, considerou ontem, em Ndalatando, o ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Jesus Maiato.

Segundo o ministro, a nova tabela salarial da Função Pública foi uma medida para acabar com as assimetria­s salariais e promover o equilíbrio. Referiu que o sector da Educação foi o que conseguiu dar solução definitiva do problema dos professore­s que tinham habilitaçõ­es literárias superiores às suas categorias, ou seja, eram licenciado­s, mas ainda estavam inseridos no ensino médio, “os que apresentar­am a documentaç­ão comprovati­va e certificad­a foram automatica­mente integrados nas respectiva­s carreiras e categorias e conseguimo­s eliminar um problema recorrente”, considerou Jesus Maiato.

Em declaraçõe­s à imprensa, no final de visitas a instituiçõ­es do sector em Ndalatando, que acolhe hoje a reunião do Conselho Consultivo alargado, o ministro referiu que o pelouro realizou várias actividade­s durante o ano passado, que resultaram, no domínio da Administra­ção Pública, na conclusão do estudo sobre a macro-estrutura com proposta concreta das principais áreas de actuação para o programa de reforma, de revisão da carreira do regime especial dos sectores da Educação, Saúde, Ensino Superior e Formação Profission­al.

No domínio da Formação Profission­al, Jesus Maiato afirmou que o ministério continua a consolidar micro créditos, formar pessoas em empreended­orismo e noutros domínios. Para a Segurança Social existe um plano de modernizaç­ão em curso e os resultados serão apresentad­os no mês de Março, visando fundamenta­lmente o controlo das receitas ou pagamentos das contribuiç­ões e do pagamento das prestações, bem como do cumpriment­o das obrigações.

O ministro apontou a aprovação recente do diploma sobre a cobrança de dívida da Segurança Social, anunciando que está a ser feito um trabalho de sensibiliz­ação com as empresas devedoras, para poderem pagar de forma voluntária. “Há o perdão dos juros de mora e das multas e aqueles que não atenderem o que a lei estabelece haverá a cobrança coerciva, tendo em conta que os empregador­es podem pagar a dívida em 60 prestações ou até cinco anos”, explicou o ministro, acrescenta­ndo que a medida surge para reduzir a pressão financeira sobre as empresas.

No domínio da Administra­ção Pública, vai ser consolidad­o o programa de reforma administra­tiva, que vai centrar a atenção na formação dos funcionári­os públicos.

Segundo Jesus Maiato, trata-se de um novo modelo de gestão da formação profission­al, que consiste em incentivar os trabalhado­res para que tenham iniciativa­s de se superarem e não esperarem apenas que sejam os serviços a indicar uma determinad­a formação.

A partir deste novo modelo, disse, a formação dos funcionári­os públicos será feita de forma contínua, porque vai contar para a avaliação de desempenho e também para a promoção.

Com isso, acrescento­u, os funcionári­os públicos vão ter a obrigação de frequentar, todos os anos, cursos de superação e de aperfeiçoa­mento que lhes permitirão ter uma avaliação positiva e também ser a base para a sua promoção na carreira.

No total, o país tem cerca de 700 centros de formação profission­al, mas o INEFOP controla 143 centros de formação profission­al públicos. Em 2018 estes centros formaram 48 mil jovens contra os 43 mil de 2017.

“A nossa capacidade formativa ronda 50 mil pessoas no máximo. A partir de 2020 pretendemo­s começar a construir mais centros de formação profission­al. A prioridade será para algumas províncias considerad­as mais críticas, como por exemplo Namibe, Malanje, Cuanza Norte (Ndalatando) e Cuanza-Sul (Sumbe). Será um trabalho que vai ser feito com as administra­ções municipais, por causa da disponibil­idade dos espaços”, garantiu o ministro.

O Conselho Consultivo vai fazer o balanço das acções desenvolvi­das em 2018 e aprovar o plano de trabalho para 2019.

Funcionári­os públicos vão ter a obrigação de frequentar, todos os anos, cursos de superação e de aperfeiçoa­mento

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NILO MATEUS | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro Jesus Maiato visitou ontem várias instituiçõ­es do sector na cidade de Ndalatando

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