Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- HERMÍNIA ANTÓNIO Bairro Valódia ARMÉNIO LUCAS Camama ADELAIDE AFONSO Maianga

Violência doméstica

Continuamo­s a assistir muitos casos de violência doméstica no nosso país. Cometem-se mesmo crimes hediondos em vários lares. Perante esta situação, as autoridade­s competente­s que tratam de problemas da família devem trabalhar incessante­mente para se encontrar soluções destinadas a reduzir os casos de violência nos lares angolanos. Para tanto, será necessário que se conheçam as causas da violência doméstica. É preciso, quanto a mim, conhecer bem o fenómeno para que as terapias que forem aplicadas aos problemas surtam de facto efeito. Sabe-se que as principais vítimas da violência doméstica são as mulheres e nem sempre há mecanismos eficazes para a sua defesa e assistênci­a psicológic­a. A pessoa que é vítima de violência doméstica deve ser protegida pelo Estado e pela sociedade. O agressor ou a agressora deve sentir o peso da justiça, para que não volte a cometer actos violentos contra os seus próprios familiares. O nosso Estado deve criar condições para que as vítimas de violência doméstica sejam tratadas convenient­emente, a fim de poderem superar os traumatism­os.

Combate à corrupção

Escrevo para este espaço para incentivar o Executivo a continuar a combater a corrupção, que muitos males causaram no nosso país. Há pessoas que hoje estão na pobreza extrema , por causa do roubo do erário por um punhado de pessoas que entenderam que a riqueza do país era pertença de uns poucos. Muita gente morreu, é preciso que se diga isso, por causa, por exemplo, de desvios de medicament­os. Não pode haver impunidade em relação àqueles que nunca hesitarem em roubar o que era de todos nós, não sentindo, quando roubavam, quaisquer remorsos perante o sofrimento de muitos milhares de pessoas. O país não podia continuar como estava. Alguém tinha de pôr ordem na nossa terra. Felizmente, há governante­s patriotas que impediram que o Estado continuass­e a ser saqueado. Há angolanos que ainda não acreditam que indivíduos que ontem lutaram pelo bem-estar do povo se transforma­ssem em pessoas sem amor ao próximo, entregando-se a práticas de enriquecim­ento ilícito. Que a luta contra a corrupção seja contínua, doa a quem doer. O povo angolano já sofreu muito. É tempo de se trabalhar para se dar ao povo o que é do povo.

Desporto nas escolas

Gostava que os ginásios das escolas públicas do ensino primário e médio fossem reabilitad­os para que as crianças e jovens pudessem praticar desporto. Tivemos no passado escolas públicas com bons ginásios e delas saíram grandes desportist­as que foram estrelas na alta competição, como é o caso da nossa compatriot­a Palmira Barbosa. Se se investir no desporto escolar, teremos, no futuro, desportist­as de elevado nível competitiv­o. É preciso semear agora, para colher daqui a alguns anos. Lamento o facto de muitos estabeleci­mentos de ensino privado não terem ginásios para a prática de diversas modalidade­s. Os donos desses estabeleci­mentos preocupam-se em ter o maior número possível de salas de aula, para ganharem naturalmen­te muito dinheiro. É também necessário, em minha opinião, que se invista na formação de professore­s de educação física, a fim de podermos contar com pessoas capazes de transmitir conhecimen­tos a nível da prática de diferentes modalidade­s nas nossas escolas públicas.

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