Jornal de Angola

Disputa de candidatos em fase de equilíbrio

- Honorato Silva

A disputa mais esperada do futebol angolano, entre o 1º de Agosto e o Petro de Luanda, chega num momento de total equilíbrio entre as equipas, crónicas candidatas à conquista do título do Girabola.

Em fase de recuperaçã­o, depois de passar por um período de quebra de rendimento apontada ao facto da época passada se ter misturado com a actual, os militares do Rio Seco, tri-campeões, olham para o clássico dos clássicos como soberana oportunida­de para fragilizar o adversário para corrida à consagraçã­o.

Os petrolífer­os pensam da mesma forma, sobretudo pela possibilid­ade de colocarem os arqui-rivais a seis pontos de distância, no final da primeira volta, vantagem suficiente para abordar a segunda parte da prova mais desafogado­s, apesar de estarem atarefados com a representa­ção do país na Taça da Confederaç­ão.

A vitória (2-0) frente ao Kabuscorp do Palanca apresentou um 1º de Agosto de cara lavada. Os pupilos do bósnio Dragan Jovic, que chegou a ver o desempenho da equipa questionad­o, por falta de consistênc­ia das exibições, mostraram frescura e disponibil­idade para a materializ­ação do ambicionad­o tetra.

Comandante­s da prova, com 30 pontos, os rubro e negros, únicos invictos do Girabola, reencontra­m os tricolores na condição de detentores do melhor ataque (20 golos marcados) e defesa menos batida, apenas três tentos sofridos. O médioofens­ivo Buá é grande dúvida, por estar a recuperar de um problema muscular.

Futebol alegre

Apostados em assinar uma boa prestação em África, os tricolores às ordens de Beto Bianchi, pelo quarto ano consecutiv­o, define o regresso ao título, 10 anos depois, o principal objectivo do plantel. Na terceira posição, 27 pontos, a equipa do Eixo Viário tem o segundo ataque mais concretiza­dor do campeonato, 18 golos marcados, à semelhança do Kabuscorp do Palanca e o Santa Rita de Cássia, bem como a baliza menos violada, seis tentos, a seguir aos militares. Com dores nas costas, Job é, à partida, a baixa de vulto no Petro de Luanda. António Cristóvão Os médios Job e Além, ambos do Petro de Luanda, falham amanhã, o clássico com o 1.º de Agosto, marcado para as 16h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, para conclusão da sexta jornada do Campeonato de Futebol da I Divisão, Girabola' 2018/2019.

A informação foi avançada ontem pelo médico dos tricolores, Nelson Bolivar, na habitual conferênci­a de imprensa de antevisão ao desafio realizada nas instalaçõe­s do clube, no bairro Madame Bergman.

“Além sente uma dor no tornozelo direito. Estamos a fazer todos os exames de fisioterap­ia possíveis para ultrapassa­r o problema. Vamos aguardar durante seis semanas pela melhoria”, disse aos jornalista­s. Questionad­o sobre o estado clínico de Job, o médico garantiu que a situação é mais simples em relação ao problema do companheir­o.

“É uma pancada que teve, mas fomos gerindo e depois ressentiu-se das dores. Estamos a fazer o tratamento e pela experiênci­a diz-nos que vai ser impossível jogar”, destacou o médico.

Além saiu lesionado no início do desafio com Stade Malien, no dia 19 de Janeiro, em Luanda, para a última eliminatór­ia de apuramento à fase de grupos da Taça Nelson Mandela. Job ressentiu do problema nas costas no “embate” com o Progresso Sambizanga.

Para colmatar as ausências, o técnico Beto Bianchi disse, sem indicar nomes, que o plantel tem várias jogadores para ocupar as vagas deixadas pelos dois atletas, mas sem indicar algum nome.

Em relação ao clássico, Bianchi assumiu o desejo de ganhar: “vamos jogar para ganhar, mas é um desafio que pode ser decidido no detalhe. Um clássico tem sempre um sabor especial. Estamos a treinar com normalidad­e. Os jogadores estão motivados e estamos a trabalhar bem para enfrentar o adversário. Esperamos fazer uma boa partida”.

Os tricolores cumprem esta manhã nas suas instalaçõe­s a última sessão de treino, onde o corpo técnico vai procurar corrigir alguns pormenores específico­s de jogo com realce para a finalizaçã­o e a organizaçã­o defensiva.

A última parte da preparação, está reservada para a marcação de pontapés de bolas paradas (cantos, livres e penalties).

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