Club Africain investiga caso de intoxicação em Lubumbashi
O departamento médico do Club Africain, da Tunísia, colheu amostras de urina e de fezes dos seus jogadores, para apurar o que esteve na base da goleada histórica de 8-0, que sofreu diante do Tout Pouissant (TP) Mazembe, da República Democrática do Congo, para a Liga dos Campeões Africanos, no jogo disputado em Lubumbashi.
Com a pesada derrota imposta a equipa do Magrebe, os congoleses obtiveram a vitória mais expressiva da fase de grupos da referida competição. O desaire resultou no afastamento de Chiheb Ellili do comando técnico da equipa, mas a direcção ainda procura outras explicações para a “memorável humilhação”.
O então técnico comunicou a decisão logo à chegada em território tunisino, no Aeroporto Internacional de Tunis-Cartago. “A situação era insustentável. Ele não podia ficar no cargo porque aqui a pressão dos adeptos é enorme “, disse uma fonte próxima do clube.
De acordo com a revista Jeune Afrique, existem suspeitas de que os congoleses tenham “baptizado” a água colocada à disposição dos jogadores antes do jogo. As primeiras análises feitas em Tunis deram negativo, mas o clube aguarda os resultados de uma contra-análise a serem realizadas em França.
No entanto, a direcção do TP Mazembe já reagiu às noticias que foram veiculadas pelos meios de comunicação social da Tunísia sobre o suposto “baptismo” da água.
“Não é uma atitude normal tentar justificar a derrota com esse tipo de argumentos “, diz Salomon Idi Kalonda Della, presidente da agremiação congolesa.
Há dois anos, os principais jogadores da selecção nacional do Gabão, num jogo de qualificação ao Mundial da Rússia, foram acossados por fortes dores de barriga e diarreia durante a partida. Os gaboneses, que estavam a ganhar o jogo, acabaram estranhamente por perder o jogo contra o Egipto.
A suspeita foi levantada pelo então treinador José António Camacho, que alegou “adulteração” do sumo de laranja distribuído aos jogadores horas antes do jogo.