Saúde leva assistência às fronteiras
O Ministério da Saúde anunciou ontem que está a trabalhar com as Forças Armadas Angolanas para que os médicos militares destacados nas regiões mais recônditas, em especial junto às fronteiras, colaborem com a rede pública na assistência às populações.
O Ministério da Saúde está a trabalhar com as Forças Armadas Angolanas para que os médicos militares destacados nas regiões mais recônditas, em especial junto às fronteiras, colaborem com a rede pública para prestar assistência às populações, noticia a Angop.
Em particular nas províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango, as populações são muitas vezes obrigadas a andar 300 a 500 quilómetros para procurar assistência na vizinha Zâmbia, devido à falta de pessoal nas unidades hospitalares da região.
Algumas dessas unidades são excelentes e estão bem equipadas, mas, por várias razões, tem sido problemático recrutar profissionais do sector da saúde, em geral, para trabalhar nas referidas áreas do país.
Outra solução que o Ministério está a estudar, para melhorar a assistência das populações mais longínquas, em especial no Leste do país, é a cooperação com a República da Zâmbia.
No final do mês passado, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, esteve na Zâmbia, para analisar com as autoridades locais as formas de concretizar o acordo de cooperação transfronteiriça com o departamento zambiano congénere.
O acordo prevê a realização de acções conjuntas para controlar as grandes endemias e os medicamentos contrafeitos, assim como melhorar a prestação de serviços médicos às populações da região.
Os Ministérios da Saúde de Angola e da Zâmbia estão igualmente a avaliar a possibilidade de recrutamento temporário de profissionais zambianos para reforçarem as unidades hospitalares angolanas junto à fronteira.
A Angop apurou que uma das propostas angolanas é que esses profissionais tenham um salário igual ao dos seus colegas locais. As negociações ainda não foram concluídas.