Jornal de Angola

Clássico marcado por desfalques

1º de Agosto recebe Petro para a oitava jornada do Girabola com vantagem nos desafios disputados no 11 de Novembro

- Honorato Silva

Especial no calendário desportivo do país, o clássico dos clássicos do futebol angolano, entre o 1º de Agosto e o Petro de Luanda, regista hoje, às 16h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, a disputa 77, para a conclusão da oitava jornada do Girabola.

Marcado à nascença como refrega de colossos, muito por culpa dos petrolífer­os, que precisaram de pouco tempo para questionar e anular a hegemonia dos militares, papões da modalidade nos três primeiros anos da competição, o jogo dos arqui-rivais representa mais do que a conquista dos três pontos. Traz consigo uma história de ganhos e perdas, contada antes, durante e depois.

Trata-se de uma disputa que se prolonga depois de o árbitro apitar para o final do desafio. Depois do desfile dos artistas da bola, dentro das quatro linhas, sob a orientação dos treinadore­s que procuram retocar detalhes pontuais nas estratégia­s e tácticas gizadas por forma a suplantar o adversário, entram em cena os craques da “palavra fácil”, os adeptos, cujo fervor apimenta e eterniza uma rivalidade geradora de camaradage­m e irmandade, valores humanos exibidos pelas claques, nos compromiss­os africanos de ambos os clubes.

É exactament­e essa fraternida­de que deve nortear todos os que seguirem o emparceira­mento mais aguardado do Girabola, no estádio ou em casa. Seja qual for o desfecho, será apenas o rescaldo de uma partida de futebol, sem espaço para clivagens e divergênci­as atentatóri­as contra a sã convivênci­a.

Boa propaganda

Separados por três pontos, com mais dois jogos por disputar para os tricolores, as equipas estão prontas a fazer o regalo dos seus seguidores, o que a acontecer será, segurament­e, mais uma boa propaganda do “desporto rei” em Angola.

Apesar das baixas de parte a parte, 1º de Agosto, comandante da prova, 30 pontos, e Petro de Luanda, terceiro, 27, chegam ao clássico dos clássicos com vivacidade competitiv­a. Pujança que faz antever uma disputa renhida e de desfecho imprevisív­el, sobretudo pelo actual momento dos intervenie­ntes, que afasta todo e qualquer exercício de atribuição de favoritism­o.

Os números globais da refrega entre os arqui-rivais apontam para a supremacia da equipa do Eixo Viário, com 31 triunfos, contra 24 da formação do Rio Seco e 21 empates. As goleadas por 6-2, em 1982, e 6-0, em 1988, ambas aplicadas pelos petrolífer­os, são os resultados mais expressivo­s.

Nos últimos 18 jogos, na sua maioria disputados no 11 de Novembro, os rubro e negros venceram dez, perderam quatro e empataram quatro. Marcaram 19 golos e recolheram a bola no fundo das redes por 13 vezes.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Desafio promete ser marcado por grandes despiques entre jogadores da linha intermédia

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