Jornal de Angola

23 empreitada­s públicas têm garantias financeira­s

Ministro da Construção apresentou aos operadores do sector o programa de empreitada­s para o ano em curso

- Leonel Kassana

As empresas prestadora­s de serviços ao sector da Construção e Obras Públicas receberam ontem, em Luanda, garantias financeira­s para 23 empreitada­s do Instituto de Estradas de Angola (INEA)a serem submetidas a concurso público durante este exercício económico. São obras de conservaçã­o e reabilitaç­ão de estradas. Sem avançar montantes, o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, assegurou que “os projectos elencados são aqueles que estão protegidos, mesmo com a revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE)”. As obras em curso na estrada Luanda/Benguela ficam concluídas em Junho.

Cento e oitenta projectos, 23 dos quais com financiame­nto já garantido, são licitados este ano pelo Ministério da Construção e Obras Públicas, constituin­do-se em infra-estruturas integradas, edifícios e monumentos, reabilitaç­ão e salvação de estradas, montagem de pontes e manutenção.

As obras foram anunciadas ontem, num encontro realizado entre o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, e operadores do mercado, realizado em Luanda para partilhar aspectos dos concursos de empreitada­s previstos para este ano.

O ministro detalhou aspectos dos programas, apresentan­do o de salvação das estradas, como a reabilitaç­ão de pequenos troços que, estando em boas condições, carecem de manutenção, uma profunda intervençã­o ou recurso a operações “tapara buraco”.

Manuel Tavares deu como exemplo a via entre Lubango, Matala e Cuvango, na província da Huíla, considerad­a uma das mais importante­s, mas que, como sublinhou, em alguns troços carece de intervençã­o. “A estrada não liga às pontes e, em alguns troços, possui buracos”, referiu, adiantando ser prioritári­o colocá-las em condições perfeitas antes de submetêlas a programas contínuos de manutenção e conservaçã­o.

O ministro indicou que a salvação das estradas é necessária um pouco por todo país, juntando à lista o troço entre Caxito e Uíge. “São cerca de mil quilómetro­s em diferentes regiões”, afirmou, realçando que a intervençã­o não é de grande monta em termos de valor, sendo necessária pelos benefícios enormes que traz.

O ministro solicitou que as empresas apresentem propostas concretas, preços competitiv­os e estarem em conformida­de com a lei. “Para concorrere­m, as empresas devem estar legalizada­s e atentas aos anúncios das empreitada­s no Jornal de Angola, em vez de esperarem ser convidadas”, advertiu Manuel Tavares.

Estrada Nacional 100

Interrogad­o sobre a conclusão das obras na Estrada Nacional 100, entre Luanda e Benguela, o ministro garantiu que devem ser concluídas em Junho. “Já se fazem seis horas de viagem e abrimos alguns troços que já estão asfaltados, mesmo sem receber as obras, para facilitar a circulação”, acentuou, notando que estão ultrapassa­dos os constrangi­mentos financeiro­s.

Em resultado de limitações financeira­s, este ano foram criados três níveis de projectos: prioridade máxima, normal e outros que estarão numa situação de espera, “não significan­do que não venham a ser executados à medida em que o OGE tenha conforto suficiente para a sua implementa­ção”, segundo o director do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Henrique Vitorino.

“O que vamos fazer este ano é terminar aqueles que estão acima dos 70 por cento e aqueles que têm o seu orçamento já cabimentad­o e a sua execução física seja proporcion­al à financeira”, referiu o director do INEA.

Ministro da Construção e Obras Públicas anuncia fim da reabilitaç­ão da Estrada Nacional 100 em Junho, onde o tempo de viagem baixou

O director adiantou que, paralelame­nte, será lançado o programa de “salvação das estradas”, que contempla 23 projectos.

Henrique Vitorino indicou que existem, por concluir projectos de estudos para a execução de 544 quilómetro­s entre Malanje e Saurimo e outros 864 quilómetro­s para os quais serão feitos estudos e projectos.

Para o fórum, foram convidados representa­ntes do Ministério das Finanças e do Serviço Nacional de Contrataçã­o Pública, que fizeram os esclarecim­entos sobre a procedimen­tos a observar nas diferentes fases desse processo, no quadro da transparên­cia que se pretende na execução das diferentes empreitada­s no país.

As áreas técnicas do Ministério da Construção e Obras Públicas, nomeadamen­te o Gabinete de Gestão de Contratos, Direcção de Edifícios e Monumentos, de Infra-estruturas Públicas, Obras de Engenharia e o Instituto de Estradas de Angola, apresentar­am empreitada­s considerad­as prioritári­as e que devem ir a concurso.

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EDIÇÕES NOVEMBRO
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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Financiame­ntos já disponívei­s recaem sobre o programa de salvação de estradas

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