Jornal de Angola

PR informado sobre situação no Zimbabwe

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O Presidente da República recebeu o enviado especial do Chefe de Estado zimbabwean­o, Emmerson Mnangagwa. O enviado especial, Patrick Chinamasa, foi portador de uma mensagem de Emmerson Mnangagwa para o seu homólogo João Lourenço na qual o informa sobre o quadro sócio-económico e político reinante naquele país.

Na mensagem, Mnangagwa faz uma informação sobre os esforços empreendid­os para enfrentar os desafios no domínio económico, bem como quanto as manifestaç­ões feitas nos dias 14, 15 e 16 de Janeiro, pelos partidos da oposição, sindicatos e organizaçõ­es da sociedade civil.

Segundo Patrick Chinamasa, tais manifestaç­ões tinham como objectivo a mudança de regime através de meios violentos. “Realizaram muitas barricadas, destruíram propriedad­es e saquearam lojas. Foi um caos instalado no país e liderado pelo partido da oposição MDC”, acusou.

A ZANU-PF venceu com uma maioria de dois terços dos votos as últimas eleições, o que lhe permite realizar uma emenda à Constituiç­ão. Além disso, segundo Chinamasa, Emmerson Mnangagwa ganhou sem precisar de uma segunda volta. “Estes são elementos que fazem com que possamos persistir, estejamos mais atentos e preparados para os futuros desafios do Zimbabwe”, disse.

O enviado especial do Presidente Emmerson Mnangagwa falou dos ataques que o partido no poder tem sofrido nos últimos tempos e disse não se tratar de actos isolados, mas de um ataque permanente com o fito de desacredit­ar antigos movimentos de libertação nacional e colocar no poder regimes fantoches. “Por isso, entendemos que é necessário que continuemo­s a trabalhar juntos, partilhand­o informaçõe­s para que nos possamos alertar dos desafios que enfrentamo­s e esbatê-los de forma conjunta”, disse Patrick Chinamasa.

A ZANU-PF, lembrou, sempre teve o apoio moral e diplomátic­o de Angola. O MPLA e a ZANU-PF, disse, são antigos movimentos de libertação e têm uma relação de irmandade profunda. “Sempre contamos com os nossos amigos”, sublinhou. Patrick Chinamasa falou das sanções económicas que pesam sobre o Zimbabwe desde 2000 e lamentou o facto de o país não ter, desde 2009, uma moeda própria. “Estamos a fazer demarches para reverter a actual situação económica e financeira”, assegurou.

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