CARTAS DOS LEITORES
Sinais de trânsito
Sou automobilista há mais de quarenta anos e conduzo hoje com alguma dificuldade numa urbe como Luanda, que mudou muito em todos os aspectos. Escrevo para falar sobre a mobilidade do trânsito em Luanda, onde ficou mais complicado com a inoperacionalidade de vários semáforos na cidade. Não sei por que é que a maior parte dos “postes luminosos” deixaram de funcionar, mas subitamente temo-los aí em muitas artérias de Luanda danificados. E para o meu espanto alguns automobilistas, como tem ocorrido, não se habituaram a respeitar escrupulosamente os poucos semáforos que prevalecem funcionais na cidade de Luanda. Em muitas vias mal sinaliza o “sinal laranja”, na transição para o vermelho, em vez da recomendada prudência, muitos automobilistas apressam-se para passar. E, não raras vezes, sucede que em pleno “sinal vermelho” muitas viaturas passam normalmente como se tratasse da “luz verde”, pondo em perigo numerosos outros que circulam com viaturas ou a pé. Espero que os reguladores de trânsito estejam a altura deste importante desafio, pondo ordem no circo para que tenhamos uma condução mais responsável.
Esquadra móvel
Sou morador de um bairro novo lá para os lados de Cacuaco, aqui em Luanda e escrevo pela primeira vez paraoJornaldeAngolaparaabordar um bocado sobre policiamento, esquadras móveis e tranquilidade pública. Não sei qual o critério que o Comando da Polícia Nacional usa parainstalaresquadrasmóveispelos bairros, mas penso que numerosos bairros novos deviam ter um daqueles dispositivos em cada quarteirão. Ou, na eventualidade da impossibilidade da instalação das esquadras móveis, podia se optar pelo patrulhamento apeado constante por forma a desencorajar os meliantes no exercício das suas actividadesanti-sociais.Hábairrosnovos que surgem e se expandem a uma velocidade nem sempre acompanhada por serviços de entidades relevantes como a Polícia Nacional cuja tarefa de prover a ordem, segurança e tranquilidade públicas não tem substitutos directos. É verdade quenãotemosaindaumrácioagente dapolíciaporhabitantequesatisfaça, mas em todo o caso grande parte dopapeldaPolíciaNacionaldepende também do que as populações podem fazer. Ao contrário do que muitosdefendem,queapolíciadeve fazer tudo para assegurar a ordem pública, na verdade, as populações easpessoasindividualmentepodem tambémjogarumpapelimportante nesteaspecto.Entendoquepormais que a Polícia Nacional desempenhe o papel que todos esperamos, não há dúvidas de que a colaboração popular, traduzida na participação regular, rigorosa e atempada, é quase sempre determinante.
O nosso andebol
Já muito se disse sobre o nosso andebol e precisamos de continuar a tratar essa modalidade como uma das nossas principais bandeiras. Afinal, não temos muitas opções quando se trata da competição desportiva ao nível do continente e do mundo, onde as nossas equipas, clubes e selecção nacional, não passam de meros participantes. Assim e olhando para a prestação da equipa nacional de andebol feminino, de todas as categorias, resta-nos investir cada vez mais para que as nossas vantagens nesta modalidade sejam mantidas para bem do nosso país. Segundo sei, Angola é campeã africana em andebol femininoemtodasascategorias,uma realidade que muito alegra qualquer cidadão nacional amante do desporto em particular. Com base nesta leitura, era bom que as nossas autoridades investissem mais, obviamente, ali onde as nossas apostas dão sempre certo.