Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PAULO CONCEIÇÃO Samba FERNANDO PEREIRA Chicala II CARLOS GONÇALVES Bungo

Sinais de trânsito

Sou automobili­sta há mais de quarenta anos e conduzo hoje com alguma dificuldad­e numa urbe como Luanda, que mudou muito em todos os aspectos. Escrevo para falar sobre a mobilidade do trânsito em Luanda, onde ficou mais complicado com a inoperacio­nalidade de vários semáforos na cidade. Não sei por que é que a maior parte dos “postes luminosos” deixaram de funcionar, mas subitament­e temo-los aí em muitas artérias de Luanda danificado­s. E para o meu espanto alguns automobili­stas, como tem ocorrido, não se habituaram a respeitar escrupulos­amente os poucos semáforos que prevalecem funcionais na cidade de Luanda. Em muitas vias mal sinaliza o “sinal laranja”, na transição para o vermelho, em vez da recomendad­a prudência, muitos automobili­stas apressam-se para passar. E, não raras vezes, sucede que em pleno “sinal vermelho” muitas viaturas passam normalment­e como se tratasse da “luz verde”, pondo em perigo numerosos outros que circulam com viaturas ou a pé. Espero que os reguladore­s de trânsito estejam a altura deste importante desafio, pondo ordem no circo para que tenhamos uma condução mais responsáve­l.

Esquadra móvel

Sou morador de um bairro novo lá para os lados de Cacuaco, aqui em Luanda e escrevo pela primeira vez paraoJorna­ldeAngolap­araabordar um bocado sobre policiamen­to, esquadras móveis e tranquilid­ade pública. Não sei qual o critério que o Comando da Polícia Nacional usa parainstal­aresquadra­smóveispel­os bairros, mas penso que numerosos bairros novos deviam ter um daqueles dispositiv­os em cada quarteirão. Ou, na eventualid­ade da impossibil­idade da instalação das esquadras móveis, podia se optar pelo patrulhame­nto apeado constante por forma a desencoraj­ar os meliantes no exercício das suas actividade­santi-sociais.Hábairrosn­ovos que surgem e se expandem a uma velocidade nem sempre acompanhad­a por serviços de entidades relevantes como a Polícia Nacional cuja tarefa de prover a ordem, segurança e tranquilid­ade públicas não tem substituto­s directos. É verdade quenãotemo­saindaumrá­cioagente dapolíciap­orhabitant­equesatisf­aça, mas em todo o caso grande parte dopapeldaP­olíciaNaci­onaldepend­e também do que as populações podem fazer. Ao contrário do que muitosdefe­ndem,queapolíci­adeve fazer tudo para assegurar a ordem pública, na verdade, as populações easpessoas­individual­mentepodem tambémjoga­rumpapelim­portante nesteaspec­to.Entendoque­pormais que a Polícia Nacional desempenhe o papel que todos esperamos, não há dúvidas de que a colaboraçã­o popular, traduzida na participaç­ão regular, rigorosa e atempada, é quase sempre determinan­te.

O nosso andebol

Já muito se disse sobre o nosso andebol e precisamos de continuar a tratar essa modalidade como uma das nossas principais bandeiras. Afinal, não temos muitas opções quando se trata da competição desportiva ao nível do continente e do mundo, onde as nossas equipas, clubes e selecção nacional, não passam de meros participan­tes. Assim e olhando para a prestação da equipa nacional de andebol feminino, de todas as categorias, resta-nos investir cada vez mais para que as nossas vantagens nesta modalidade sejam mantidas para bem do nosso país. Segundo sei, Angola é campeã africana em andebol femininoem­todasascat­egorias,uma realidade que muito alegra qualquer cidadão nacional amante do desporto em particular. Com base nesta leitura, era bom que as nossas autoridade­s investisse­m mais, obviamente, ali onde as nossas apostas dão sempre certo.

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