Jornal de Angola

Comissão directiva da UNAC-SA funciona com base nos estatutos

- Manuel Albano

A comissão directiva da União Nacional dos Artistas e Compositor­es (UNAC-SA) funciona de acordo com os seus estatutos e “não existe comissão de gestão”, afirmou, ontem, em Luanda, Carlos Lamartine.

O cantor explicou que existe uma direcção que foi eleita, homologada em assembleia, que está a dirigir os destinos da instituiçã­o de utilidade pública, enquanto não se realiza a eleição dos novos corpos directivos.

Carlos Lamartine, que reagia às informaçõe­s da Lista B, liderada por Belmiro Carlos, segundo as quais a actual comissão directiva é ilegal, disse que a direcção da instituiçã­o é coordenada por Alberto Sebastião “Love me”, que de forma colegial, com Santos Júnior e o próprio, procura resolver os problemas imediatos da organizaçã­o.

A direcção da UNAC-SA, disse, com base nos estatutos denomina-se“ComissãoDi­rectiva”, que por razões óbvias do momento, não tem um presidente. “A comissão directiva elegeu um coordenado­r, que tem procurado resolver os problemasp­ontuaisdao­rganização, como pagamento de salários, controlo dos funcionári­os, responder às questões correntes e manter uma relação estável com as demais instituiçõ­es nacionais e internacio­nais públicas e privadas.”

Carlos Lamartine elucidou que nem todos os artistas são membros da instituiçã­o, que defende os interesse da classe artística, por nunca terem feito o pedido de inscrição, razão pela qual não constam na base de dados da instituiçã­o. “Há vários artistas espalhados pelo país, mas um dos princípios para a sua vinculação é o da aceitação, pagamento de quotas e direito à participaç­ão nas assembleia­s”, afirmou o autor de “Histórias da Casa Velha”.

O músico disse que a lista B está preocupada porque sabe que o processo eleitoral está a ser conduzido com transparên­cia, lisura, honestidad­e, responsabi­lidade, capacidade de organizaçã­o e gestão, a mesma não conseguirá votos suficiente­s dos artistas para vencer as eleições.

Avançou que a lista B imbuída de “espíritos de má fé”, quer conotar a comissão directiva da UNAC e a Comissão Eleitoral Nacional de prática de campanha difamatóri­a, alegando que essas instituiçõ­es estão “contaminad­as de vícios e sanidade”, que “não são possíveis de ser redimidos.”

Por outro lado, o músico pediu ponderação nos pronunciam­entos dos elementos da lista B “porque a maioria desconhece o funcioname­nto da organizaçã­o, não são partícipes das actividade­s e muitos só regulariza­ram as quotas na tentativa da corrida às eleições, porque sabem que a instituiçã­o, a funcionar na normalidad­e, pode ser um ‘el dourado’ para satisfazer os seus apetites.”

Carlos Lamartine lamenta o facto de depois que a Comissão Eleitoral Nacional interpôs recurso para a anulação da providênci­a cautelar da lista B, os elementos desta lista “não têm feito mais nada, senão chamar nomes à comissão directiva.”

Sobre as acusações feitas pela lista B, o candidato da lista A à presidênci­a dos corpos sociais da UNAC-SA, Zeca Moreno, prefere não tratar assuntos em “hasta pública”, por acreditar na credibilid­ade do processo e das instituiçõ­es em causa.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Carlos Lamartine (à esquerda) com o músico Zeca Moreno

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